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Covid-19: “Prevenção é a palavra chave, com tranquilidade e sem alarmismos”

Redação
Sociedade \ terça-feira, março 10, 2020
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O vírus Covid-19, também conhecido como coronavírus, assumiu, e tem assumido, um papel de inegável predomínio mediático no quotidiano das populações. “Estamos perante um problema de saúde pública e ninguém pode ignorar isso” é o ponto de partida para abordar o tema.

Nesse sentido, o Reflexo falou com Carlos Alves Pinto, responsável farmacêutico da Farmácia Vieira e Brito, que de uma forma descontraída faz uma espécie de serviço público na reflexão sobre este tema. Há instituições a suspender a atividade, outras a encerrar, máscaras a esgotar e um sem número de sintomas colaterais inerentes a uma epidemia com esta amplitude a proliferar também eles de forma pouca recomendada e contraproducente com o que se pretende para evitar a propagação do vírus.

Quais são, então, as normas a adotar? Esta é a questão de partida. “O principal é transmitir uma mensagem de tranquilidade. Estamos perante um problema de saúde pública e ninguém pode ignorar isso. Por isso, é importante realçar que toda a população tem um papel ativo, temos de confiar nas nossas autoridades de saúde e, mais importante até do que isso, é acatar as recomendações que estão a ser transmitidas”, começa por dizer Carlos Alves Pinto.

Para o farmacêutico há dois grupos de pessoas, que perfazem a totalidade da população. Há, por isso, a necessidade de todos manifestar uma atitude positiva em relação ao Covid-19.

“Prevenção é a palavra chave. Se não houver sinais ou sintomas, histórico de viagens a zonas afetadas ou contacto com pessoas infetadas, teremos de respeitar a etiqueta social e respeitar a etiqueta respiratória. A etiqueta respiratória diz que devemos evitar tossir ou espirrar para as mãos, mas sim para a manga ou cotovelo. A etiqueta social recomenda que devemos evitar tanto quanto possível os procedimentos de conduta social como os apertos de mão, manter uma distância de segurança evitando o contacto”, explica o jovem farmacêutico, dando seguimento ao seu raciocínio.

“Depois há outro grupo de pessoas, que são as pessoas com sintomas, nomeadamente tosse, febre, dificuldades respiratórias, e essas pessoas devem contactar as autoridades de saúde e permanecer em casa, para, se necessário, ser iniciado o protocolo de cuidados para ser feito o isolamento e tratamento”, aponta Carlos Alves Pinto, que conclui esta temática da postura a adotar: “estamos divididos em dois grupos, mas estes dois grupos agregam toda a população e, por isso, todos devemos ter um papel ativo de prevenção”, atira.

No entender de Carlos Alves Pinto é inevitável evitar os eventos que promovam o aglomerar de pessoas, porque é necessário estancar a cadeia de transmissão do vírus. “É fundamental criar uma cadeia de informação que quebre esta cadeia de transmissão, porque se conseguirmos esta informação positiva, até na comunicação social, estaremos a ter uma postura cautelosa em vez de entrar em alarmismos. Prevenção é, repito, a palavra chave, com tranquilidade e sem alarmismos porque o alarmismo é inimigo da prevenção e turva a capacidade para seguir as diretrizes das autoridades de saúde”, defende.

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