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Covid-19: Câmara Municipal não avança com testagem aos professores do secundário que regressam às aulas

Redação
Cultura \ quinta-feira, maio 14, 2020
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Contrariamente ao que estava inicialmente perspetivado pela Câmara Municipal de Guimarães, os professores do ensino secundário que na próxima segunda-feira regressam às aulas presenciais não farão testes de despiste à Covid-19.

Essa era a intenção do município, transmitida às escolas, como deu conta Celso Lima, diretor da Escola Secundária das Taipas. Contudo, essa intenção da Câmara Municipal de Guimarães esbarra na falta de orientação nesse sentido da Direção Geral de Saúde (DGS).

Adelina Pinto, vice-presidente da Câmara Municipal de Guimarães e vereadora com o pelouro da Educação, explicou isso mesmo ao Reflexo.

“Estávamos a pensar testar os professores e funcionários das escolas, só que isto não é uma orientação da DGS, que, por exemplo, deu essa orientação para as creches, mas não deu para as escolas secundárias por não considerar necessário. Os professores não são responsabilidade da Câmara, se houvesse uma orientação da DGS íamos prestar esse serviço, mas trata-se de um projeto muito complexo, que exige prescrição médica. Estamos a avaliar. A Câmara podia pagar os testes, mas essa questão não se coloca, trata-se de uma questão médica que exige uma prescrição. Estamos a aguardar que o Ministério nos dê alguma indicação, se assim for, estamos disponíveis para fazer a testagem, mas tem de haver uma facilitação por parte do Ministério”, reconhece.

Apesar de se estar a trabalhar num campo desconhecido, Adelina Pinto considera que este regresso preliminar com um grupo restrito de alunos ajudará a preparar o futuro, nomeadamente o próximo ano letivo.

“Todas as escolas já foram higienizadas e foi dada formação, mas não vai ser fácil porque obviamente será todo um mundo de diferenças. Vai permitir fazer um teste para que quando abrirmos o próximo ano letivo seja possível ter algum know-how que nos permita abrir com tranquilidade. Será importante esta abertura com um número restrito de alunos, para irmos também testando novas formas de estar que provavelmente vão continuar no próximo ano letivo. Esta preparação está a correr com algum ruído normal, porque se trata de algo diferente. As escolas estão a vivenciar coisas muito diferentes, a fazer horários diferenciados, alocação de salas para evitar cruzamentos de grupos de alunos. Segunda-feira, se calhar, vamos ter alguns contratempos, que vamos tentar resolver ao longo da semana com calma e ponderação”, sublinha.

A principal responsabilidade do município no que a este regresso do ensino secundário diz respeito é a questão dos transportes públicos, algo que, segundo a vereadora, não está a ser preparado de forma linear.

“Houve muitas dúvidas em relação às orientações do Estado. Em termos de competências da Câmara Municipal, o que estamos a fazer é agilizar os transportes. Estamos a fazer isso, mas com alguma dificuldade, porque as escolas só ontem tiveram reunião com o Secretário de Estado e tiraram algumas dúvidas. Só hoje é que estão, a conta-gotas, a fornecer os mapas dos alunos com os horários e outros indicadores. Não é fácil de resolver a questão dos transportes, temos muitas empresas com grandes dificuldades, com lay-off, não queremos que os alunos circulem no mesmo horário dos restantes trabalhadores e, portanto, estamos a agilizar esse processo um pouco em cima da hora, a trabalhar a toda a velocidade na Câmara para dar uma reposta”, assegura.