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Consumo energético total baixou em 2020. Mas atingiu pico nas casas

Tiago Dias
Economia \ quarta-feira, março 16, 2022
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Em média, as casas vimaranenses têm consumido mais energia, tendo atingido o pico de 1.341,9 quilowatt-hora. Mas o cenário geral é outro: consumo abaixo dos 700 milhões pela primeira vez desde 2011.

Os dados publicados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) para o consumo de energia de todos os municípios do país mostram que o valor total referente a 2020 foi o mais baixo de toda a década no concelho de Guimarães: 697,79 milhões de quilowatt-hora, após descida de 6,8% face a 2019 (748,33 milhões). Desde 2011, o consumo energético anual ultrapassara sempre os 700 milhões de quilowatt-hora, com máximo em 2017 (796,11 milhões).

Com um decréscimo mais vincado face ao de todo o país – redução de 3,1% entre 2019 e 2020, para os 47,27 mil milhões -, o concelho mais populoso do Ave acompanhou as tendências da sub-região, cuja quebra foi de 5,3% (para os 1866,31 milhões), e do Norte, que, em 2020, assinalou um consumo 14,58 mil milhões de quilowatt-hora, após a descida de 2,7% face a 2019.

Entre os 308 municípios de Portugal, Guimarães, 14.º município mais populoso, com 156.852 habitantes, apresentou o 15.º consumo mais elevado, e o sexto na região Norte, atrás de Maia, Porto, Vila Nova de Gaia, Matosinhos e Vila Nova de Famalicão. O consumo energético engloba a indústria, a agricultura, a iluminação de vias públicas, a iluminação interior de edifícios do Estado, gastos diversos, gastos não domésticos e também os gastos domésticos.

 

 

 

O cenário é outro quando se olha para o consumo doméstico por habitante; no ano em que eclodiu a pandemia de covid-19, cada vimaranense gastou, em média, 1341,9 quilowatt-hora na respetiva casa, mais 5,7% face a 2019 (1269 quilowatt-hora). Até então, 2018 fora o ano de maior consumo na década (1284,2 quilowatt-hora). Em Portugal, a trajetória repetiu-se: pico de 1325,6 no território nacional, após crescimento de 4,7%, de 1329,2 no Norte, após subida de 5,7%, e em todo o Ave, depois de um aumento de 6,4%, rumo aos 120,3 quilowatt-hora.

Entre os oito concelhos da sub-região, Guimarães foi aquele em que as habitações mais energia despenderam por habitante. Seguem-se Vila Nova de Famalicão, com 1255,7 quilowatt-hora, e Póvoa de Lanhoso, com 1227,2. Mondim de Basto aparece no extremo oposto, com 1056,9.

A nível nacional, Guimarães aparece no 122.º lugar da hierarquia de consumo. Sines foi o município com mais energia gasta por habitante (5960,3), sendo que o top 10 é maioritariamente ocupado por concelhos algarvios. Santa Cruz das Flores, nos Açores, foi o município que menos energia consumiu (805,2 quilowatt-hora).