Camilo e Ferreira de Castro lembrados no primeiro dia do Thermos

Dois livros, um com 35 poemas, “Os desígnios da água”, da autoria de Luís Aguiar, outro de ilustrações de Ana Gil, “A terra onde a água desenha” são dois marcos que ficam para o futuro e que assinalam o primeiro dia dos Encontros Literários das Taipas.

Este primeiro dia teve início na sala multiusos do antigo mercado das Taipas, ainda pela manhã, com a abertura de uma exposição de trabalhos realizados pelos alunos da turma 9, do 1º ano da Escola da Charneca, que exploraram o trabalho da artista portuguesa Helena Almeida em tela com a fotografia de cada um, sobre a qual foi feita, “de forma expressiva, uma mancha azul, criando, assim, um diálogo entre fotografia e pintura”.

A EB 2,3 das taipas recebeu, também durante a manhã desta sexta-feira, uma oficina de escrita e de ilustração.

Ao início da tarde, junto à escadaria que liga o largo da Pensão Vilas (Praça Frei Cristóvão dos Reis) aos Banhos Velhos, realizou-se a sessão de abertura destes Encontros Literários na presença do curador Pompeu Martins, que teve a companhia da presidente da Taipas Turitermas, Sofia Ferreira, de Luís Soares, presidente da Junta de Freguesia de Caldelas e de Paulo Lopes Silva, em representação do município de Guimarães.

Alunos da escola Básica das Taipas deram ainda mais brilho á iniciativa, com a interpretação de três temas musicais, com voz e flauta.

Ana Gil e Luís Aguiar, fizeram depois uma breve apresentação das duas obras apresentadas, o que os motivou e inspirou para as criar.

Seguiu-se a inauguração de um painel de azulejos alusivo à presença de Camilo Castelo Branco na Praça Frei Cristóvão do Reis e um outro, alusivo à presença na vila taipense do escritor Ferreira de Castro, no cimo da Alameda Rosas Guimarães.

No antigo Mercado das Taipas discute-se depois “Cultura e território – desafios locais”, com moderação de Paulo Dumas e participação de Paulo Lopes Silva, Helena Mendes Pereira e Suzana Leite.

ATRAMA finalizou o longo dia do Thermos com “Clamor” – leitura dramatizada que aconteceu no espaço exterior do antigo mercado.