Câmara aprova verba de 91 mil euros para obras no Tojal, Rabelo e Montinho
Recorde-se que a intervenção nestas ruas, principalmente na Rua do Tojal, tem merecido uma forte troca de críticas entre a atual Junta de Freguesia e a oposição, sendo mesmo um dos temas mais controversos da última campanha eleitoral, que se tem prolongado no atual mandato.
Trata-se de uma obra projetada pelo executivo de Constantino Veiga em 2015 e que ainda não está concluída. Terá sido adjudicada por cerca de 87 mil euros, mas, de acordo com os socialistas taipenses, já se terão gasto mais de 100 mil euros. De acordo com a auditoria promovida pelo executivo de Luís Soares, existirá ainda uma dívida de 57 mil euros ao empreiteiro da obra, sendo necessários mais 40 mil euros para a sua conclusão.
Os eleitos pela coligação Juntos por Guimarães contestam estes números e criticam a Câmara Municipal por não ter apoiado estas intervenções, na altura devida.
Coube a Hugo Ribeiro, vereador da coligação JpG, manifestar o desagrado pela forma como a Câmara tem procedido quanto às delegações de competências em relação às juntas de freguesia e, concretamente, à de Caldelas: “Temos um protocolo que já vem de 2015 e depois em 2016. O Departamento de Obras Municipais (DOM) mostra alguma incapacidade ou inoperância na sua atuação na execução de obras no terreno causando imensos prejuízos aos executivos que estão em exercício.
O também vice-presidente do PSD vimaranense acredita que possa haver um “padrão de atuação” face a determinadas freguesias do concelho de Guimarães: “Estamos a fazer uma atribuição de verbas a obras que já estão executadas a 90%. Esta obra que agora se pretende terminar já foi pedida pelo anterior executivo em abril de 2017 e deliberou-se em junho de 2018! Há muitas coisas que devem ser corrigidas pela Câmara Municipal de Guimarães. Não podemos continuar a permitir que estas situações se verifiquem em determinadas freguesias, existe um padrão de atuação que urge corrigir”.
Por sua vez, Adelina Paula, que dirigiu esta reunião camarária face à ausência de Domingos Bragança, rejeitou qualquer dualidade de atuação por parte do executivo em relação às freguesias de Guimarães: “As múltiplas obras efetuadas nas freguesias evidenciam que não há tratamentos diferenciados. Se existe alguma discriminação é pela positiva, tendo em conta sempre as necessidades mais prementes”.