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Uma questão de palavras – parte 2

Amadeu Faria
Opinião \ quinta-feira, dezembro 08, 2022
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E chegamos a dezembro. Um ano após o convite generosamente feito pelo Alfredo Oliveira de ir dizendo o que me ia na alma aqui no Reflexo, as minhas primeiras palavras são exatamente para o Reflexo

 

Reflexo – de muita coisa. De uma comunicação social de âmbito local e regional que cada vez mais tem o papel fundamental de defesa da democracia; essencial na ligação tantas vezes esquecida, entre os cidadãos e os diferentes eleitos e demais organismos; indispensável para a defesa de ideias tantas vezes antagónicas, na defesa dos valores que todos ( pelo menos uma esmagadora maioria ) querem ver desenvolvidos; e não esquecendo o papel crucial na defesa ao direito sagrado a uma informação livre, independente porque diversa, que nos coloque sempre a dúvida de para onde vamos e como vamos. Por isso o meu agradecimento ao Reflexo (e por inteira justiça ao Alfredo Oliveira), pelo desafio que me lançaram para este ano de 2022;

Aldeia Gaulesa – Para aqueles que se deliciaram com as histórias de Asterix e Obélix, os irredutíveis gauleses. Tenho por mim que cada vez mais me vejo acantonado num “nicho” de irredutibilidade. Não me confundo com a ideia de velhos do Restelo (tão ao gosto dos apoiantes da outra senhora), mas que começa a ser preocupante o que vamos verificando todos os dias… começa;

Educação/Ensino/Escola (uma vez mais) – pelas mãos do meu PS (como sempre) e devidamente apoiado pelo PSD e pelos empreendedores da treta (gente que pulula nas escolas, mas que pouco mérito se lhes reconhece), preparam-se por oficio, por email, através de conferências de imprensa e sempre com o ar mais surpreendente deste mundo, um conjunto de alterações que vão obliterar completamente o Estatuto da Carreira Docente e o edifício criado em 1986 a que demos o nome de Lei de Bases. Neste capítulo, reprovo totalmente as tomadas de posição demagógicas, situacionistas e subservientes de organizações como a CONFAP, a ANDAEP ( de diretores de agrupamentos e escolas publicas), Câmaras Municipais ( favoráveis a quase tudo desde que acompanhado com o competente envelope financeiro) e até de organizações sindicais que desde a ministra da má memoria, não perceberam que a luta tem de ser dura e definitiva ( essa de marcar com meses de antecedência uma manifestação, ao sábado… enfim)… sob pena de a escola deixar de o ser e passar a ser algo semelhante a um ATL; parece-me que quando o ideário de Maria de Lurdes Rodrigues vingar pelas mãos de João Costa, o PS perdera alguém …mas possivelmente não alguns;

PS (local) - uma só dúvida que alguém me poderá retirar. Se me conseguirem explicar o fenómeno de 3 listas a uma candidatura federativa, apoiando o mesmo candidato a Presidente da Federação, parabéns. Aprende-se sempre algo com a “realpolitik” e com a política pura e dura … dos bastidores;

Novo ano - será melhor do que o que agora vivemos. A guerra terminará, a inflação e a especulação terão alguém que as dome, o povo manter-se-á sereno, mas ativo, Trump e Bolsonaro não ressurgirão, a União Europeia será aquilo que Jean Monet sonhou um dia (uma Europa dos Povos), extirpando os “vírus” que a minam por dentro. Quase que parece um sonho…, mas como sempre, o sonho comanda a vida e sempre que um Homem sonha…

Felizes festas para todos