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Que futuro queremos para Guimarães?

Júnio Castro
Opinião \ quinta-feira, junho 26, 2025
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Mudar não significa rejeitar todo o passado, nem negar o que foi feito. Mudar significa ter a coragem de reconhecer que para enfrentar os novos desafios são necessárias respostas e pessoas diferentes.

As eleições autárquicas têm uma importância acrescida, não só pelo contexto atual, mas fundamentalmente por estarmos a eleger as pessoas que serão as nossas representantes ao nível local. E, estando nós a pouco mais de 3 meses das eleições autárquicas importa, por isso, começar a refletir sobre o estado atual do concelho e das diferentes propostas apresentadas para Guimarães.

O desenvolvimento de um concelho mede-se, particularmente, pela sua capacidade de criar condições para que as pessoas que nele vivem possam prosperar, construir os seus projetos de vida e acreditar no futuro. Olhar para o nosso território hoje exige um exercício de consciência coletiva e de responsabilidade cívica.

Ao longo de 36 anos consecutivos, a mesma visão política do partido socialista tem orientado os destinos do nosso concelho. É inegável que, como em qualquer outro ciclo longo, existiu avanços e melhorias. No entanto, é igualmente evidente que poderia ter sido feito muito mais e, com isso, muitas oportunidades de desenvolvimento e crescimento foram perdidas. Os desafios atuais exigem respostas diferentes, mais ágeis, mais inovadoras e mais alinhadas com as exigências do presente e, sobretudo, do futuro.

Os últimos anos foram claramente marcados por fenómenos que não podem ser ignorados. A dificuldade no acesso à habitação, com preços que se tornam incomportáveis para muitas famílias e, especialmente, para os mais jovens. O processo burocrático de licenciamento, que todos os dias cidadãos e empresários se deparam, é lento e coloca em causa o desenvolvimento de Guimarães.

A mobilidade e acessibilidade, para além de caótica, contínua a não chegar a todas as freguesias do nosso concelho. Além disso, a falta de uma estratégia robusta de atração e fixação de empresas tem consequências diretas na criação de emprego qualificado. É, por isso, cada vez mais comum ver os jovens partir, não por vontade, mas por necessidade, em busca das oportunidades que aqui não encontram.

Perante todo este contexto, coloca-se uma pergunta que deve ser feita por todos, independentemente das preferências políticas: Estamos satisfeitos com o caminho que temos trilhado? E, mais importante, será este o caminho que queremos para enfrentar os desafios que temos pela frente?

Estas eleições autárquicas são muito mais do que um momento da escolha entre listas e candidatos. São uma oportunidade decisiva de repensarmos para Guimarães um novo modelo de desenvolvimento do nosso território. Uma oportunidade para avaliarmos se queremos continuar presos a soluções que já não respondem às necessidades atuais, ou se, pelo contrário, estamos preparados para dar a oportunidade a novas ideias, novas abordagens e, sobretudo, a uma nova visão.

É tempo de romper com o conformismo e a estagnação. De acreditar que é possível fazer diferente. Que é possível fazer melhor. Que o nosso concelho merece mais e melhor. E isso só acontecerá se tivermos a coragem de escolher a mudança. De dar voz a quem traz novas soluções, novas energias e um compromisso verdadeiro com o desenvolvimento, a inovação e o bem-estar das pessoas. A Coligação Juntos Por Guimarães representada pelo Ricardo Araújo representa esse compromisso e essa visão que Guimarães precisa.