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O 25 de novembro não conseguiu repor aquilo a que o 25 de abril se propunha

Nuno Vaz Monteiro
Opinião \ segunda-feira, dezembro 11, 2023
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A comunicação social, em Guimarães, rege-se pela mesma falta de isenção e liberdade de expressão e de opinião, normalmente, só funcionam quando o pedido ou e-mail não chega da parte do partido Chega.

Em Guimarães, festejamos o 25 de novembro, mas, aparentemente, nem o 25 de novembro conseguiu repor tudo aquilo a que o 25 de abril se propunha. 

Igualdade e liberdade são palavras que, em 2023, não se usam quando se fala do partido Chega. Na Assembleia da República, são as propostas do Chega que são barradas, não importa o conteúdo que possam ter. O tal “cerco sanitário”, no qual alguns veem democracia, impede que as propostas deste partido sejam aprovadas. 

Mas a liberdade não existe também para os deputados deste partido. A liberdade para se manifestar foi negada com agressões e insultos ao nosso deputado pelo círculo de Braga, Filipe Melo, assim como a outros dois deputados, tendo um mais de 70 anos… Já nem os nossos “avós” respeitam. Passou pela mesma falta de liberdade a deputada mais nova do parlamento, Rita Matias, aquando da visita a uma universidade da capital com a juventude Chega. Aqueles que, normalmente, enchem a boca com “liberdade” foram aqueles que, sem se saber justificar, “correram” com os jovens para fora da universidade com insultos e alguns encontrões. Liberdade dizem…

A comunicação social não é diferente, com entrevistas que mais parecem inquéritos da PIDE, só lhes faltava o quarto escuro e a lâmpada apontada à cara dos deputados e presidente do partido. Sem qualquer isenção, sem qualquer respeito pela ética que exige a carteira de jornalista. 

Guimarães não é diferente. A comunicação social, em Guimarães, rege-se pela mesma falta de isenção e liberdade de expressão e de opinião, normalmente, só funcionam quando o pedido ou e-mail não chega da parte do partido Chega. 

Na semana que antecedeu o jantar de celebração do 25 de novembro, foi enviado um e-mail para os vários representantes da comunicação social da cidade com a proposta de orçamento municipal que o partido Chega apresentou ao presidente da Câmara Municipal de Guimarães, o senhor Domingos Bragança. Apenas um órgão de comunicação social fez dele notícia. Tivemos até o cuidado de reenviar, não tivesse havido algum motivo e o e-mail não tivesse sido lido, mas não teve destaque e não nos foi dada a liberdade de “ter palavra”. O mesmo aconteceu na celebração do 25 de novembro. A Concelhia de Guimarães do partido Chega comemorou e homenageou o 25 de novembro e os que o fizeram. Juntaram-se perto de uma centena de pessoas, novos e mais velhos, homens, mulheres e crianças. Homenagearam-se os comandos presentes assim como todos aqueles que defenderam este nosso país nas várias áreas militares. Mais uma vez se fez um email para a comunicação social em Guimarães, desta vez não teve uma publicação que fosse. 

A censura do lápis azul está de regresso e é feita por quem tanto proclama a liberdade de abril. 

O partido Chega é a terceira força política em Portugal e representa o voto de quase meio milhão de portugueses. É, hoje, a voz de muitos mais e isso vai-se refletir nas votações do dia 10 de março, doa a quem doer. Como disse o primeiro-ministro demissionário numa entrevista à revista Visão, “habituem-se”! 

Pedimos apenas isenção e igualdade, a liberdade de nos expressarmos e de mostrar as nossas ideias e ações.