Habitação – Um privilégio disfarçado de direito.

No último trimestre de 2024, Guimarães foi o concelho em Portugal onde as rendas das casas mais aumentaram. Ao nível do preço das habitações, Guimarães ocupa um lugar de destaque no top 5 das maiores subidas. 

A habitação para além de ser um direito fundamental, é simultaneamente um elemento estratégico para o desenvolvimento dos territórios. Um concelho que promove o acesso à habitação digna não está apenas a garantir melhores condições de vida para os seus cidadãos, como também a impulsionar a coesão social, a fixação da população e a dinamização da nossa economia local.

Num contexto nacional marcado pela escalada dos preços da habitação, tanto na compra como no arrendamento, Guimarães ocupa um lugar de destaque (pela negativa) nesta área tão importante para a vida diária e futura dos vimaranenses. 

Em 2024, o Guimarães registou uma das maiores subidas de preços do país, quer ao nível da compra como do arrendamento, agravando ainda mais o problema do acesso à habitação, sobretudo para as famílias com rendimentos mais baixos, jovens e idosos. Ora, se a perceção visível era de que os preços no nosso concelho estavam de facto a cavalgar a um ritmo impressionante, os dados do INE são prova disso mesmo. 

Não obstante o acesso a fundos europeus significativos — o valor atribuído a Guimarães já sofreu diversas alterações e todas elas no sentido de aumentar a verba - continuamos, por incapacidade do executivo camarário, de promover qualquer construção de habitação social, bem como fomentar o aumento do lado a oferta junto de parceiros privados.

A não concretização destes investimentos na área da habitação, apesar da atribuição de milhões de euros com esse propósito, levanta questões sérias sobre a capacidade de execução e compromisso com a justiça social. Estes fundos europeus representam uma oportunidade única para corrigir desequilíbrios provocados pela falta de visão do PS e promover um modelo de desenvolvimento mais inclusivo e agregador. 

O PSD ciente da importância da resolução deste problema apresentou, nos últimos anos, um programa extenso com propostas nesta área. No entanto, o PS, seguindo a linha de pensamento ideológico e não de resolução de problemas, rejeitou estas propostas. 

A ausência de uma política habitacional estruturada, tal como acontece em Guimarães, compromete não só o presente, mas também o futuro do nosso concelho. Sem habitação acessível, os jovens partem, as famílias não se fixam e as empresas têm dificuldade em atrair e reter trabalhadores. A habitação não é apenas uma questão social — é também uma condição essencial para o desenvolvimento económico, para a sustentabilidade demográfica e para a qualidade de vida dos vimaranenses. Com o PSD a Habitação voltará a ser um pilar fundamental para Guimarães. 

Investir na habitação é investir nas pessoas. E investir nas pessoas é garantir o futuro do nosso concelho. Desta forma, queremos Guimarães com Futuro, Guimarães com Todos.