Habitação
No início desta semana foi assinado um protocolo entre os Serviços da Acção Social da Universidade do Minho e o Centro Juvenil de S. José no sentido de disponibilizar alojamento para os estudantes universitários. Esta iniciativa denominada “Guimarães Anfitriã” vai permitir o alojamento a 22 alunos da Universidade do Minho, ficando no entanto ainda por resolver cerca de 100 alunos que continuarão deslocados e a aguardar uma solução mais cómoda e mais favorável.
Para minimizar o problema da falta de alojamento para os alunos universitários, o município vimaranense adquiriu as instalações da antiga Escola de Santa Luzia, com a intenção de requalificar e adaptar este edifício, com uma volumetria significativa e uma excelente localização, em residência universitária.
Sabemos também que a suposta caducidade do loteamento previsto para o Monte do Cavalinho poderá, a concretizar-se o que o presidente da Câmara diz, condicionar uma nova licença de loteamento obrigando a que parte do edificado seja feito a preços controlados por forma a proporcionar uma oferta de habitação mais acessível aos jovens e aos estudantes, tendo sempre em linha de conta a realidade sócio económica concelhia que, como todos sabemos, mesmo comparando com os nossos vizinhos, é bastante baixa.
Finalmente o município despertou para esta realidade e pelos sinais acima apontados, mesmo sendo diferentes entre si convergem num só objectivo: solucionar a falta de alojamento há muito sinalizada em Guimarães para os estudantes da Universidade do Minho. Esta situação que se verifica desde o início da instalação do Pólo de Azurém da UM, tem sido apontada como um dos factores determinantes para algum afastamento da vida académica em Guimarães, com todas as consequências que isso significa para a nossa comunidade urbana.
Mas para além dos jovens universitários e das suas necessidade habitacionais, há carência em Guimarães na oferta de casas a preços acessíveis, fruto da inexistência de investimento privado de acordo com as nossas necessidades e da demissão do investimento público como elemento fundamental na regulação do mercado da habitação.
Para que algo mude é necessário uma intervenção pública, também municipal capaz de disponibilizar terrenos para construção, devidamente infraestruturados, a preços controlados.
Sempre defendemos uma política de construção não especulativa que permita não só o arrendamento aos vimaranenses com salários mais baixos, como aos estudantes universitários e aos bolseiros da Universidade do Minho. Essa política de rendas acessíveis num primeira fase da vida, principalmente dos estudantes universitários, pode levá-los a escolher ficar a viver em Guimarães e dessa forma aumentar e renovar a população residente, condição fundamental para o nossa afirmação enquanto comunidade local, na região do Vale do Ave.