“Domingos, é assim que ele me chama”
Há uns tempos enviaram-me um vídeo em que o comediante Ricardo Araújo Pereira satirizava um discurso do presidente da Câmara de Guimarães, Domingos Bragança. Tudo por causa de uma passagem em que o socialista afirmava que Pedro Nuno Santos, à data ministro das Infraestruturas, se disponibilizava para ajudar “o” Domingos no assunto da linha férrea em Guimarães.
Deu para rir um bom bocado, mas o que não dá para rir são as limitações em termos de serviços disponibilizados pela CP em Guimarães. É justo realçar que tudo começou há quase quatro décadas com Cavaco Silva a encerrar a linha que nos ligava a Fafe, mas o que é certo é que, de 1989 para cá, a Câmara esteve sempre entregue aos socialistas, e nem os vários governos comandados a partir do Largo do Rato, com a “facilidade” de serem da mesma cor, conseguiram melhorar a oferta ferroviária em Guimarães. E as promessas foram muitas, a avaliar pelo discurso replicado no programa televisivo “Isto é gozar com quem trabalha”.
E isto de promessas é uma constante no socialismo, e leva-nos a outra promessa, neste caso de socialistas para socialistas. A reconstrução da Igreja da Pousada de Santa Marinha da Costa e a sua inclusão na lista de prioridades do governo, em 2020, por parte dos ministros da Cultura e Finanças, foram promessas, isto segundo informou o presidente Domingos Bragança à comunicação social. Estando nós em 2024, diz-se que haverá “fumo branco” num futuro próximo. O estado a que chegou a igreja é culpa do São Pedro pelas condições atmosféricas, do calendário pelo passar dos anos e do Partido Socialista, em Guimarães, por nunca ter conseguido dar ou demonstrar a importância devida ao monumento de interesse nacional. Só nos resta a esperança de que que nada do que se tem vindo a degradar com o passar dos anos se perca definitivamente.
Tendo o Partido Socialista governado 21 anos, em Portugal, desde 1989, ano em que o mesmo partido assumiu os destinos da cidade de Guimarães, esperava-se que mais atenção fosse dada a esta cidade. E é até conhecida a fama de que é preciso ser-se da cor de quem manda para ter mais verba para a cidade ou freguesia, sendo essa a melhor desculpa para alguns autarcas vimaranenses, que, após eleição pelo PSD, se mudaram para o PS.
Estamos quase a entrar na contagem decrescente para o fim de um ciclo político em Guimarães, 2025 traz novas eleições autárquicas e uma nova oportunidade para os vimaranenses darem nova vida a Guimarães. Será que já chega de socialismo em Guimarães? São 35 anos, e estes últimos foram um completo declínio em vários aspetos da vida desta cidade.
Que os vimaranenses pensem numa mudança, que pensem em Guimarães com vida!
