13 janeiro 2025 \ Caldas das Taipas
tempo
18 ºC
pesquisa

Devagar, devagarinho…

Nuno Vaz Monteiro
Opinião \ sexta-feira, dezembro 06, 2024
© Direitos reservados
A qualidade de vida dos vimaranenses será melhorada quando conseguirmos libertá-los do tempo que perdem no trânsito em Guimarães.

Guimarães tem nas acessibilidades um dos principais problemas identificados pelos Vimaranenses. Há dias em que as filas se expandem de tal forma pelas artérias da cidade que gera um bloqueio total.

São inúmeros erros de construção feitos pela gestão camarária das últimas décadas. Estradas cada vez mais estreitas, passeios cada vez mais largos, largos em exagero em muitos dos casos, e uma diminuição dos estacionamentos disponíveis. Mesmo nas freguesias da periferia, atravessadas pelas estradas nacionais, as filas de entrada e saída na cidade são uma constante. Em hora de ponta, alguém que viva em Caldelas mais rapidamente chega à autoestrada indo a Braga do que tentando chegar a Silvares.

É urgente que se pense em soluções para aproximar a periferia do centro da cidade ao mesmo tempo que facilitamos a ligação entre os vários pontos, sem que para isso haja necessidade de ir ao centro urbano.

A Concelhia do Partido Chega propôs ao presidente do Município, Domingos Bragança, em reunião tida ao abrigo do estatuto do direito de oposição, uma autêntica revolução na forma como se circula na periferia de Guimarães. Aquilo que designamos como uma CEG (Circular Externa de Guimarães) seria realizada em quatro fases: Serzedelo - Caldelas, em cinco anos; expansão até Vizela, entre seis e oito anos, conexão com São Torcato e áreas interiores, de nove a doze anos e conexão final e completa da circular, de treze a quinze anos. Deve-se pensar a longo prazo e não como vem sendo feito, com remedeios a ser anunciados logo após grandes inaugurações, sempre com o pensamento de inaugurar por altura das eleições seguintes, sendo o caso mais próximo a reformulação da rotunda de Silvares, em que não passa dia que não se percam dezenas de preciosos minutos da nossa vida em filas que parecem nunca acabar. E mesmo para quem entra em Guimarães desde a A11, não raras vezes, apanha “a cauda” da fila imediatamente depois de passar as portagens. Uma saída directa para a rotunda junto à igreja de Silvares não seria solução para quem pretendesse  seguir para Brito ou Campelos?

Pequenas ideias que poderão trazer grandes soluções enquanto não se conclui a CEG.

Já no centro da cidade, um controlo mais rigoroso aos estacionamentos em segunda fila, às paragens “temporárias” de transportes públicos no centro das vias, experiência com invenções de sentido de trânsito, tudo o que fosse possível e passível de ser feito na busca de um melhor fluxo de tráfego.

A qualidade de vida dos vimaranenses será melhorada quando conseguirmos libertá-los do tempo que perdem no trânsito em Guimarães.