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Clube Caçadores das Taipas

Redação
Opinião \ terça-feira, junho 07, 2005
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O Taipas é a maior e mais representativa colectividade da vila.

No momento em que escrevo estas linhas, o Taipas vive momentos muito difíceis. Após meses a viver em situação precária, por deserção dos principais dirigentes, as tentativas de encontrar estabilidade e tranquilidade resultaram em sucessivos fracassos.

O Taipas é a maior e mais representativa colectividade da vila.

Nas suas fileiras actuaram centenas de taipenses que ao clube deram parte importante de si mesmos, quer no plano físico, quer no plano da disponibilidade, quer no plano financeiro.

Hoje, o Taipas tem muitos praticantes jovens.

Pelas suas equipas, nos mais variados escalões, desfilam dezenas e de rapazes e adolescentes que gostam de futebol e pelo futebol complementam a sua foirmação numa vertende de desporto e até de cidadania que a escola devia dar mas não dá.

Por isso os clubes desportivos prestam um serviço a comunidade.

Ea a comunidade, reconhecendo esse papel e tendo em conta o caracter formativo dos clubes, contribui, e por vezes contribui com excesso de generosiadade, como será o caso da Madeira, subsidiando actividades. A Câmara de Guimarães conta-se entre as autarquias que anualmente e de uma forma sistematizada apoia o desporto.

Apesar desse valioso passado e de um presente que o confirma, o Taipas está sem direcção há tempo demais.

Na véspera de mais uma reunião geral de sócios, cada taipense deve pensar o que pode dar ao Taipas e não fazer contas ao que do Taipas pode receber, seja em promoção social, seja em satisfação de uma qualquer vaidade pessoal, seja como instrumento de dominação política.

As dívidas são elevadas, mas nada que seja impossível ultrapassar com uma estratégia de desenvolvimento desportivo a médio prazo, onde se estabeleça claramente e sem reservas o lugar do Taipas no quadro das competições.

O tempo dos mecenas passou. Hoje vivemos o tempo das vacas magras e o clube deixou de ser apetecível.

Nunca esteve nos meus horizontes participar na gestão de qualquer clube, até que o apelo do Vitória foi mais forte e eu não pude dizer não depois de ter ajudado a correr com o tirano. Também agora vos quero dizer que se o meu apoio for necessário para superar a crise do Taipas, esse apoio não vai faltar. Como taipense e como sócio.