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Utopia Socialista

Amadeu Júnio
Opinião \ sábado, julho 29, 2023
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Guimarães é uma cidade histórica, cheia de tradição e identidade. Devemos, por isso, exigir a quem governa os nossos destinos que esteja à altura deste legado.

Seja através de dados ou de vivências territoriais, é por demais evidente que o nosso concelho está parado no tempo. Comparando o nosso desenvolvimento com os concelhos do quadrilátero urbano, são notórios os atrasos e a incapacidade de acompanhar o crescimento e evolução dos concelhos vizinhos.

Seria particularmente de estranhar, atendendo ao panorama político atual, a câmara municipal reconhecer a sua inoperância e incapacidade de fazer mais e melhor por Guimarães. Aliás, admitir estes feitos, seria reconhecer o fracasso da política socialista de mais de 30 anos e, em particular, dos últimos 10 anos de mandato

Para a câmara municipal e para os responsáveis do PS, o concelho de Guimarães encontra-se na vanguarda do desenvolvimento e progresso. Esta deturpação da realidade elencada às habituas promessas não realizadas formam uma narrativa enganadora. Não fossem os problemas de mobilidade, de habitação, do comércio local, da perda de população, de atração de investimento e quiçá concordássemos todos com esta narrativa, inclusive o Ex-Presidente de Câmara de Guimarães, António Magalhães, que afirmou “Guimarães não tem acompanhado o crescimento de Famalicão, Braga e Barcelos".

Ora, as divergências assentes no conceito de desenvolvimento do concelho são normais em política. O que já foge à regra é o nível de argumentação e estratégia utlizadas para “colar” a oposição e, em particular, o PSD, à falsa afirmação de que em Guimarães não existe alternativa política.

Nos últimos anos, o PSD alertou várias vezes para a perda de atratividade do concelho em diversos setores da sociedade. Lançou apelos e pedidos para que medidas fossem tomadas com o intuito de acompanharmos o desenvolvimento dos concelhos vizinhos.

Além disso, o PSD apresentou propostas em áreas sensíveis e com carências notórias, quer seja ao nível da mobilidade, fiscal ou de habitação, procurando dar respostas aos problemas dos vimaranenses, ao contrário da incapacidade camarária de fazer face aos problemas diários, arrastando os problemas sucessivamente à procura de resolução divina.

No entanto, a narrativa criada funde-se com argumentação utilizada de que a oposição “não gosta de Guimarães “e “puxa Guimarães para baixo”. Alegam aliás “falta de cultura democrática”. Aparentemente quem quer mais e melhor é porque não gosta de Guimarães.

O PSD Guimarães procurou sempre elevar a discussão política, dando sempre primazia aos reiais problemas dos vimaranenses. A democracia trouxe-nos a virtude de discordar, debater e colaborar em prol da nação. Mas acima de tudo, trouxe-nos a ética e a moralidade na vida política.

Recentemente Francisco Assis, militante socialista, afirmou que a tentativa de colagem ensaiada dos socialistas de colocarem o PSD como um partido “extremista” é prestar um mau serviço à democracia, desafiando os dois grandes partidos a não perder o elo de ligação.

O PSD é um partido político português com quase 50 anos, na sua génese de centro-direita, que se foca no apoio na intervenção económica e social do Estado para promover a justiça social. Não serão, agora, essas vozes a desvirtuar a essência do partido.

Guimarães e os Vimaranenses estão atentos e felizmente já entenderam o desgaste político que o Partido Socialista tem em Guimarães e a sua incapacidade de fazer mais pelos Vimaranenses. Em 2025 vamos ter eleições autárquicas e os Vimaranenses certamente vão exigir mais de Guimarães. Só o nome exige mais.