A essência de uma freguesia está nas pessoas
A política de proximidade não é um simples conceito — é um compromisso real com cada pessoa. É o modo como acreditamos que se deve fazer política: com presença, com escuta e com verdade. No contexto de freguesia, onde o contacto com as pessoas é diário e direto, este compromisso ganha ainda mais força. Aqui, cada gesto conta, cada opinião tem importância, cada rosto tem nome. É neste espaço de proximidade que se constrói o verdadeiro sentido da democracia participativa.
Ser um autarca de freguesia não é apenas liderar — é servir. É estar presente, ouvir, sentir as dificuldades das pessoas e trabalhar lado a lado com elas. A transparência e o diálogo são pilares indispensáveis desta missão. Quando uma Junta de Freguesia é aberta à participação, quando partilha informação com clareza, está a construir confiança. E a confiança é a base de qualquer comunidade.
Acredito que o futuro da freguesia se constrói com todos, sem exceção. Isso significa envolver os jovens, ouvir os mais velhos que são o símbolo da experiência, apoiar as famílias, dar espaço e importância às associações, acolher ideias novas e valorizar as tradições. Significa também descentralizar a decisão, dar voz às coletividades, abrir canais de participação e criar oportunidades para que todos se sintam parte ativa do presente e construtores do futuro. Quando as pessoas participam, sentem-se parte das soluções. E quando sentem que pertencem, cuidam, valorizam e defendem a sua freguesia.
Esta visão exige uma liderança que ouve antes de falar, que promove a união e rejeita a divisão. Uma liderança que serve com humildade, com dedicação e com sentido de missão. Uma equipa que caminha ao lado das pessoas e que está comprometida com o bem-estar de todos, sem olhar a cores partidárias ou interesses pessoais. Uma política próxima, transparente, que promove a participação ativa dos cidadãos e que vê na diversidade de opiniões uma riqueza, não um obstáculo. Porque servir a freguesia é cuidar de todos, com justiça, com empatia e com responsabilidade.
O papel de um presidente de junta é, por isso, o de um facilitador, alguém que une vontades, que ouve os que concordam e os que discordam, que toma decisões com base no bem comum e que promove uma gestão próxima e participativa.
As eleições autárquicas que se avizinham são, desta forma, um bom exemplo para análise dos valores e das ações que vão ser tomadas pelos diferentes candidatos. Cada um de nós tem nas suas mãos, através do seu voto, a responsabilidade de fazer valer a sua voz. Ser a voz do nosso povo é uma missão nobre, que deve ser respeitada por quem exerce esses cargos.