12 de Outubro
No próximo dia 12 de Outubro, os vimaranenses terão nas suas mãos uma oportunidade decisiva para mudar o futuro do nosso concelho. Guimarães é, hoje, governado pelo Partido Socialista há 36 anos, mas é impossível ignorar que, depois de quase 4 décadas de poder, o partido está esgotado e demonstrou ser incapaz de resolver os problemas estruturais que afetam diariamente a vida das pessoas. Esta eleição não é apenas uma formalidade, é um momento histórico para virar a página e iniciarmos um novo ciclo de desenvolvimento e crescimento
A realidade do nosso concelho é preocupante. Perdemos centralidade, perdemos relevância no contexto nacional e assistimos serenamente ao crescimento e ao desenvolvimento dos concelhos vizinhos. O nosso concelho é hoje o reflexo da falta de visão e da incapacidade de resolver questões fundamentais.
A mobilidade continua a ser um desafio grave: trânsito caótico, transportes públicos insuficientes e a ausência de uma estratégia eficaz que permita às pessoas deslocarem-se de forma rápida, segura e confortável. O caos no trânsito não é apenas um incómodo, é um reflexo da falta de planeamento e de investimento em soluções para o futuro. O concelho precisa de um plano moderno de mobilidade, que aposte em transportes públicos eficientes e alternativas que melhorem a fluidez. Mas nada disso se faz com quem governa há décadas e nunca mostrou vontade de resolver e de encontrar soluções.
A habitação tornou-se cada vez mais inacessível. As rendas dispararam e no 4.º trimestre de 2024 registando-se um aumento de 20,3% em Guimarães, o maior aumento verificado no país. Paralelamente, nos últimos quatro anos, ZERO habitações públicas foram construídas. Guimarães e o País nunca tiveram tanto dinheiro disponível para a construção de habitação e, mesmo assim, não foram capazes de concretizar.
O problema da população é igualmente alarmante. Entre 2000 e 2024, Guimarães perdeu cerca de 2.700 habitantes, enquanto concelhos vizinhos como Braga e Famalicão cresceram aproximadamente 40.000 e 10.000 pessoas, respetivamente. Este declínio populacional não é apenas um número: é a prova de que o concelho está a perder dinamismo, atração e capacidade de reter os seus jovens e talentos.
Os censos de 2021 mostram uma realidade ainda mais preocupante: Guimarães foi o concelho do quadrilátero urbano que mais jovens perdeu e registou a segunda maior perda entre os 24 concelhos do país com mais de 100 mil habitantes. Em 2000, tínhamos o menor índice de envelhecimento do quadrilátero urbano; em 2024, passámos a ter o maior índice, mostrando como a falta de políticas eficazes contribuíram para o envelhecimento acelerado da população e para a fuga de quem deveria garantir o futuro do nosso concelho.
O PS, ao longo destas décadas, prometeu soluções, mas a realidade é que muitas dessas promessas nunca se concretizaram. A economia local não conseguiu recuperar o dinamismo necessário: empresas, comércio e serviços sofrem com a estagnação, e muitos jovens, perante a falta de oportunidades, optam por deixar Guimarães. Esta situação não é fruto do acaso, mas sim do esgotamento de um partido que perdeu capacidade de inovar e de responder aos problemas reais de Guimarães.
As eleições de 12 de Outubro não são apenas um ato cívico. São um momento crítico para exigir mudança, para mostrar que os vimaranenses não aceitam mais estagnação e imobilismo. O futuro de Guimarães depende de cada um de nós. Continuar com o mesmo caminho significa aceitar mais do mesmo, ausência de visão e de respostas. Escolher a mudança significa apostar num concelho mais dinâmico, acessível e moderno, com políticas eficazes, habitação digna, oportunidades para jovens e soluções concretas para a mobilidade e economia.
Chegou o momento de virar a página e construir um concelho que os vimaranenses realmente merecem.