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Vereadora do PSD pede medidas face à precariedade das refeições escolares

Redação
Educacao \ segunda-feira, março 24, 2025
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Vereadora do PSD, Emília Lemos, exige esclarecimentos sobre falta de qualidade das refeições e infraestruturas escolares durante reunião de Câmara. Presidente pede respostas à vereadora da educação.

Um grupo de pais divulgou recentemente uma imagem da refeição escolar de um aluno da Escola Básica D. Afonso Henriques, em Guimarães. Na publicação, os pais criticavam o aspeto e a qualidade nutricional da comida.

Os encarregados de educação têm exigido melhores refeições para os filhos, encontrando-se neste momento a recolher assinaturas para um abaixo-assinado que será entregue à Câmara de forma a evitar uma situação semelhante.

Neste sentido, durante a reunião de Câmara desta segunda-feira, dia 24 de março, a vereadora Emília Lemos pediu esclarecimentos sobre as medidas concretas a adotar, uma vez que a própria vereadora da educação  concordou que a refeição aparentava não ter qualidade. "É necessário averiguar se foi um caso esporádico", afirmou.

A vereadora do PSD mencionou ainda outras questões vistas como “urgentes”  e já abordadas em reuniões anteriores, nomeadamente a falta de professores.

Segundo a vereadora, existem “cerca de 14 horários de artes performativas por preencher e pelo menos uma das escolas do centro da cidade nunca teve esse horário preenchido”, criando uma instabilidade da área educativa.

Apesar da Câmara Municipal de Guimarães abrir concursos, não tem conseguido atrair técnicos para a área. Já a possibilidade de adotar a solução da Câmara Municipal da Maia, ou seja, a contratação de animadores socioculturais, para Emília Lemos, poderá pôr em causa a qualidade do ensino.

A falta de substituição de assistentes operacionais que “mantêm o bom funcionamento e a segurança das escolas e o apoio das crianças com necessidades especiais" e a degradação das infraestruturas escolares foram outros problemas apontados pela vereadora.

Para Emília Lemos, a falta de tomadas elétricas, que levam à necessidade de utilizar extensões representam um perigo; os problemas de internet no 1º ciclo dificultam o ensino e a execução das provas de aferição do quarto ano; o vidro partido durante duas semanas numa escola, a arrecadação com detergentes sem cadeado, um candeeiro prestes a cair num recreio escolar e as condições precárias das condições sanitárias representam um perigo para a segurança dos alunos.

“Uma casa de banho adaptada para cadeiras de rodas teve a sanita entupida durante três semanas, colocando um aluno de 11 anos de condições especiais em situações constrangedoras, onde tinha de ser despido em zonas partilhadas”. Segundo a vereadora, a responsável da escola alertou várias vezes à Câmara para esta situação, mas não teve resposta.

Em resposta, o presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Domingos Bragança, relembrou que a cidade é uma referência na educação e que os assuntos apontados “são pequenas questões”.

“A matéria é importante, mas quem consegue expandir melhor esse tema, nomeadamente o das cantinas, é a vereadora da educação”, realçou o presidente, pedindo à vereadora Emília Lemos que traga os assuntos na próxima reunião de câmara, para que estas questões sejam respondidas pela vereadora da educação, Adelina Pinto.

O presidente acrescentou ter ainda ter conhecimento de que a vereadora está, neste momento, a reunir-se com os responsáveis dos agrupamentos escolares, as associações de pais e as restantes entidades responsáveis para analisar o ponto de situação.