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Verbas não agradam à oposição. Bragança diz que nunca se investiu tanto.

Redação
Freguesias \ quinta-feira, junho 04, 2020
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Na última reunião de câmara foi discutida e deliberada a concessão de apoios municipais às freguesias do concelho, tendo o tema gerado discórdia.

Hugo Ribeiro, vereador da Coligação Juntos Por Guimarães (JpG), disse mesmo que a forma como a autarquia está a atuar dá margem para tirar dividendos políticos e, nesse sentido, a oposição votou contra a proposta de concessão de apoios municipais às freguesias.

“Este valor atribuído às juntas de freguesia é manifestamente inferior ao que consideramos que fosse justo. Achamos que deveria ser entregue muito mias, aliás, temos vindo a defender isso há vários anos. Pretendemos que fosse atribuído o dobro do que é atribuído: o fundo de financiamento ascende a 2,600 mil euros, a nossa proposta é de 5,200 mil euros. É justo que as juntas de freguesia tenham independência financeira do município”, referiu, complementando o seu raciocínio frisando a vertente política.

“Percebemos porque é que o presidente da câmara não abre mão deste domínio das juntas de freguesia. É claro que o Partido Socialista tem gerido a relação com as juntas de freguesia numa relação de subsidiodependência. Quando para realizar uma obra há dependência da autorização direta do presidente de câmara ficamos dependentes, moral e politicamente. As juntas de freguesia são as trincheiras das batalhas políticas e o que permite a quem está no poder perpetuar-se no poder. Esta forma de estar gera dualidade de critérios. Sabemos que isso pesa nos trunfos políticos. É óbvio e facilmente constatável que há freguesias que têm acesso que outros não têm, vão a Ponte, está aos olhos de qualquer pessoa e os próprios presidentes de junta socialistas sabem isso. Precisamos que o presidente largue as amarras das juntas de freguesia para que o combate político seja mais justo, porque isto é muito importante em resultados eleitorais”, frisou o vereador Hugo Ribeiro.

Domingos Bragança respondeu assegurando que “nunca se investiu tanto nas freguesias”, reforçando que nenhum presidente de junta tem razões de queixa. “O investimento das freguesias é uma marca minha; não há um presidente de junta que se queixe de falta de apoio. Se uma freguesia não tem capela mortuária, há que a ter. Se o problema é a requalificação da centralidade, então vamos a isso. Tudo o que os presidentes de junta propõe como importante e que corrige desigualdades nós fazemos isso. Não vi ainda nenhum presidente da junta, de qualquer partido, a fazer reclamação. Os presidentes da junta sabem que nós não investimos o dobro dessa verba do estado para as freguesias, investimos cinco, seis, sete milhões. A independência das freguesias mantêm-se. O que me importa é corrigir assimetrias do território, porque as há. Nunca se investiu tanto nas freguesias, e vamos continuar a fazê-lo. Estou no terreno para que esse investimento se faça”, vincou o presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Domingos Bragança.

A referida proposta foi aprovada com os votos da maioria socialista, tendo voto contra dos vereadores eleitos pela Coligação JpG.