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UMinho cria dispositivos para detetar toxinas e alergénios no peixe

Redação
Ciência & Tecnologia \ terça-feira, janeiro 28, 2025
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A Universidade do Minho desenvolveu dispositivos que ajudam na segurança dos consumidores, evitando alergias, intoxicações alimentares e desperdício alimentar.

A equipa de investigadores responsável pela criação foi coordenada por José Pedro Rocha, da Escola de Ciências da UMinho (ECUM). A invenção consiste num (bio)sensor eletroquímico capaz de detetar e quantificar toxinas e alergénios em peixe e frutos do mar. Estes dispositivos permitem análises descentralizadas realizadas pelas próprias indústrias pesqueiras, eliminando a necessidade de recorrer a laboratórios de análises certificados.

Em Portugal, o peixe e os frutos do mar são muito consumidos, por oferecerem inúmeros benefícios para a saúde. No entanto, podem provocar alergias e intoxicações alimentares. O sensor é o primeiro do género desenvolvido para detetar a toxina TTX, que é extremamente perigosa. Além disso, pode ser adaptado para analisar alergénios, como a parvalbumina, o principal alergénio presente nos peixes. 

Estes (bio)sensores, semelhantes aos utilizados para medir o nível de glicose em diabéticos, são de baixo custo, de análise rápida e a sua elevada portabilidade e praticidade possibilitam que esta tecnologia seja usada no próprio local por operadores da indústria pesqueira. Desta forma, em caso de resultado positivo, permitem interromper uma captura em massa, evitando o desperdício alimentar e de recursos.

O dispositivo foi desenvolvido com a colaboração do LAQV/REQUIMTE (polo GRAQ) e Faculdad de Química da Universidade de Vigo (Espanha) e já está pronto para ser patenteado.