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Tempestade Kirk obriga ao abate de árvores “por questões de segurança”

Bruno José Ferreira
Sociedade \ quarta-feira, outubro 09, 2024
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“Avaliação técnica especializada” levou a que tivessem de se abater mais árvores para além das que caíram com a tempestade. “Árvores jovens e saudáveis, mais pequenas, acabaram por cair”

Os serviços da Câmara Municipal de Guimarães, em conjunto com a Junta de Freguesia de Caldelas, estão a proceder à remoção das árvores que caíram com o temporal que se faz sentir, assim como ao abate de outras árvores que ficaram debilitadas após as fortes rajadas de vento.

Isso mesmo foi explicado ao Reflexo por José Fonseca, secretário da Junta de Freguesia de Caldelas responsável pelo ambiente. “Primeiro temos de perceber que caíram árvores em todo o norte do país e em todo o concelho, não foi só aqui nas Taipas. Passou aqui um furacão, temos de ter em conta esse quadro atmosférico de exceção, muito adverso, com rajadas de 150 km/h”, começou por referir.

Este cenário adverso levou, então, à queda de algumas árvores, nomeadamente na Alameda Rosas Guimarães e também na Avenida da República, tal como o nosso jornal deu conta.

“Algumas árvores tombaram e outras que não tombaram ficaram com pouca margem de sustentação e, recorrendo ao parecer técnico especializado de um arboricultor, teve de se abater outras árvores por questões de segurança”, sustentou José Fonseca, acrescentando que “árvores jovens e saudáveis, mais pequenas, que não estavam sinalizadas acabaram por cair”.

As decisões tomadas, reforçou o responsável da Junta, obedeceram ao “parecer técnico especializado” em consonância com os responsáveis do município, sendo que “a Junta vai proceder à substituição das árvores, tal como tem vindo a fazer de acordo com um plano definido e em constante avaliação, tendo agora em conta o que aconteceu”.

“Algumas árvores estavam já sinalizadas, outras até à data não ofereciam qualquer risco”, clarifica José Fonseca, lembrando que algumas árvores centenárias não se enquadram no contexto urbano que com o decorrer dos anos transformaram a vila. “Há sempre o problema das raízes: as intervenções de obra cortam raízes à volta e a sustentação das árvores diminui”, exemplificou.

A concluir, o responsável pelo ambiente da Junta de freguesia sublinhou que “é sempre feita uma avaliação técnica”: “Obviamente que não queremos derrubar árvores centenárias, são dos nossos maiores patrimónios, mas não podem pôr em causa a segurança”, atira.