Um lugar para morar entre a água do rio e o empenho da comunidade
Entre as 48 freguesias e uniões que formam o concelho de Guimarães, Santa Eufémia de Prazins foi uma das 16 que viu a população crescer na década anterior, em oposição ao paradigma concelhio: o número de habitantes subiu de 1.221, em 2011, para 1.267, em 2021, traduzindo uma subida de 3,8%.
Banhado pelo Ave em todo o seu limite norte, esse território de 2,2 quilómetros quadrados alberga a principal estação de captação e tratamento de águas de Guimarães, inaugurada em 14 de novembro de 1950, e eleva-se a partir do seu rio, acolhendo vários terrenos agrícolas de pequena dimensão, e correntes de moradias isoladas, tipologia de habitação que continua com franca procura.
Já denominada Santa Eufémia nas Inquirições de D. Afonso II, de 1220, a freguesia ostenta um brasão com dois leões em torno de uma folha de palma, evocativos do martírio de Eufémia no início do século IV, com as ondulações do rio e com a roda dentada da indústria, numa terra onde a palavra Castro sobressai: identifica a sua principal empresa e também surge no nome do seu filho mais ilustre.
Nascido em 29 de março de 1938, Manuel Monteiro de Castro é cardeal no Vaticano e penitenciário-mor do Supremo Tribunal da Penitenciária Apostólica, dando o nome ao centro social fundado em 1994. A instituição encontra-se num edifício que congrega os vários serviços da comunidade, perto da igreja paroquial e da escola EB1 da Cerca do Paço, ao longo de uma rua batizada em nome de um padre: João Moreira Leite. O Ases e o agrupamento de escuteiros avivam o dia a dia de crianças e jovens, num território que se perspetiva mais aprazível, com ecovia e o parque de lazer, entre o impasse e a contestação em torno da via do Avepark.
