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Regresso das aulas presenciais “foi um sucesso” na Escola Secundária das Taipas

Redação
Cultura \ terça-feira, maio 19, 2020
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Esta segunda-feira registou-se o regresso das aulas presenciais dos alunos do 11º e 12º ano que vão realizar exames nacionais. Celso Lima, diretor da Escola Secundária das Taipas dá conta ao Reflexo que este regresso acabou por ser “um sucesso”.

Tal como aqui foi descrito, o primeiro dia de aulas foi como regressar a um mundo novo na mesma escola de sempre. Apesar de todas as novas medidas a adaptação dos alunos foi positiva.

“As coisas correram muito bem, os alunos conseguiram assimilar em pleno as regras que foram dadas. Divulgámos previamente toda a informação, explicámos as regras de funcionamento por email e em reunião, o que penso que foi um bom contributo. Vieram para a escola sabendo com clarividência o que ia acontecer e preparados, aderindo às alterações tranquilamente sem preocupações. O dia foi de sucesso, conseguimos operacionalizar de forma muito consistente o plano que tínhamos de segurança. Fui passando pelas turmas e o sentimento é que estão cá tranquilos para aprender. Vamos tentar proporcionar todos os dias esta tranquilidade; estou convencido que estão cá porque têm essa necessidade, de estar com professores, com as turmas, mesmo com as regras de distanciamento”, aponta o responsável máximo pela Secundária das Taipas.

Este regresso das aulas presenciais obrigou a uma grande logística por parte de toda a comunidade escolar. “Exigiu muito trabalho, um trabalho de logística que foi partilhado por todos. Toda a gente aderiu facilmente a isto, tivemos desde o início, na primeira etapa, uma enorme logística com a questão dos horários e depois fomos adaptando às necessidades, quer planos de contingência quer planos de segurança e higienização. Quando se monta uma coisa deste género claro que implica recursos materiais e dedicação de toda a gente, há uma dedicação enorme de toda a gente, professores, assistentes técnicos operacionais, foram de uma dedicação impecável, trabalharam depois da hora e fins-de-semana”, reconhece.

De resto, Celso Lima assegura que são residuais os casos de alunos que não se encontram a frequentar as aulas. “Fizemos um levantamento por turmas, as ausências que tivemos foram residuais e já as perspetivávamos. Durante a semana fomos pedindo aos diretores de turma para monitorizar três situações: quais eram os alunos que efetivamente retomariam as atividades presenciais; os alunos que não retomariam por opção do encarregado de educação; e os alunos que estariam, comprovadamente, impossibilitados porque eram de risco. Face aos dados que tínhamos não registámos grandes diferenças, o número de ausências foi residual. Haverá um caso ou outro em cada turma”, atira.

Em todo o caso, a Escola Secundária das Taipas está já a trabalhar numa forma de proporcionar aos alunos, especialmente aos alunos de risco que não puderam retomar as aulas, “todas as compensações possíveis”.

Transportes geraram polémica mas “os alunos chegaram à escola”

Em dia de reunião de câmara, o regresso das aulas presenciais na Escola Secundária das Taipas acabou por gerar polémica e discussão entre o executivo. O PSD acusou o município de não ter capacidade de resposta para proporcionar transporte aos alunos do estabelecimento taipense, citando um mail da escola. A autarquia recusou as acusações e Celso Lima garante haver alinhamento entre as entidades envolvidas para servir convenientemente os alunos.

“Tivemos o cuidado logo que completámos os horários, na terça-feira da semana passada, de enviar a informação para a Câmara Municipal de Guimarães. Na quarta-feira fomos acompanhando, na sexta-feira voltamos a questionar e a ideia que nos tinha passado era que teríamos aqui os transportes assegurados de acordo com os horários dos alunos. Há escolas que concluíram o seu trabalho na quinta e na sexta-feira, o que criou dificuldades depois em rede na distribuição de transportes. A nossa preocupação era assegurar transporte aos alunos, que nos perguntaram como iria ser. Disse sempre para aguardarem porque iríamos ter melhor informação do município, mas o que aconteceu, em bom rigor, foi que contactámos o município e o delegado regional, e tivemos indicação na sexta-feira por parte da Câmara Municipal de Guimarães que os transportes teriam de ser os transportes essenciais, porque de momento ainda não estava tudo apurado. O que pedimos foi que os pais assegurassem o transporte, inclusivamente através dos serviços essenciais ou de transportes individuais. Não houve problemas, os alunos chegaram cá à escola, o que estamos a fazer agora é reportar à Câmara Municipal os casos de alunos que se tiveram de socorrer da família para vir para a escola e dos alunos que tiveram de usar o transporte essencial mas tiveram de estar aqui à espera para ingressar nas aulas. Sabemos que este é um trabalho difícil e complexo, sabemos que sim, e queremos que haja o diálogo que sempre houve com a Câmara porque isto foi um trabalho difícil de gerir. Estamos alinhados para servir bem os alunos”, explicou Celso Lima.