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EB 2 e 3 das Taipas distinguida pelo volume de máscaras separadas

Tiago Dias
Política \ sexta-feira, fevereiro 10, 2023
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A par da EB 2 e 3 de Pevidém, a escola dirigida por João Montes foi a que mais máscaras separou a partir de 2021. Suportes para telemóvel produzidos a partir daí serão entregues aos alunos.

As escolas do concelho de Guimarães separaram cerca de 25 mil máscaras cirúrgicas desde 2021, ano em que a Câmara Municipal de Guimarães decidiu instalar ecopontos nesse sentido, e houve duas que se destacaram entre todo o leque: a EB 2 e 3 de Caldas das Taipas e a EB 2 e 3 de Pevidém.

“Quase todas as semanas, recebíamos mensagens para irmos às Taipas ou a Pevidém recolhermos máscaras. As duas escolas estão de parabéns. Mas diga-se que todas as escolas reciclaram”, adiantou a chefe da Divisão de Serviços Urbanos do município, Dalila Sepúlveda, em conferência de imprensa para apresentar produtos criados a partir da separação de resíduos, decorrida esta sexta-feira, sob os arcos dos antigos paços do concelho, entre as praças da Oliveira e de Santiago.

Essas máscaras originaram 800 cabides para vestuário e dois mil suportes para telemóvel que serão entregues aos alunos das respetivas escolas, comunicou a responsável do município. Presente nessa apresentação, o diretor da EB 2 e 3 de Caldas das Taipas, João Montes, recebeu uma lembrança da vereadora com o pelouro do ambiente, Sofia Ferreira, a assinalar o que a escola conseguiu quanto à separação de máscaras, tal como a diretora adjunta da EB 2 e 3 de Pevidém, Corina Augusto.

A vereadora confirmou ainda que a Escola Secundária de Caldas das Taipas vai ter um ecoponto para recolha de vestuário em estado de pós-consumo, à semelhança das outras três escolas secundárias do concelho de Guimarães – Francisco de Holanda, Martins Sarmento e Santos Simões.

Guimarães quer, aliás, aprofundar a separação de resíduos têxteis, até porque cada vimaranense produz, em média, 17 quilos por ano de resíduos têxteis; a média de cada europeu é de 11 quilos anuais. “Guimarães tem tradição na indústria têxtil, e os seus resíduos são indiferenciados. 5% do lixo indiferenciado são resíduos têxteis, pós-consumo e antes de consumo”, acrescentou Dalila Sepúlveda.

Há resíduos têxteis que já estão a ser separados, a partir dos quais se criaram produtos: dois mil sacos de compras, alguns deles entregues à presidente da Associação de Comércio Tradicional de Guimarães (ACTG), Cristina Faria, para se distribuir pelos estabelecimentos associados e 140 mantas entregues à Associação Vimaranense de Hotelaria (AVH), para os associados as utilizarem nas esplanadas.

Na conferência de imprensa, Sofia Ferreira expressou a intenção de ver alargada a “recolha seletiva” e anunciou que o Laboratório da Paisagem está a “proceder ao mapeamento dos resíduos têxteis” em todo o concelho.