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Projeto de intervenção urbana no centro das Taipas recebido com aprovação

Redação
Freguesias \ sábado, fevereiro 04, 2017
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A aprovação foi generalizada, mas com algumas reservas. Os promotores do projeto apresentaram a intervenção que transformará o centro cívico de Caldas das Taipas.

O Projeto de Requalificação do Centro Cívico de Caldas das Taipas foi apresentado esta sexta-feira, 3 de Fevereiro, pela equipa responsável pelo seu desenvolvimento. Esta foi a segunda sessão pública do género, onde foram desenvolvidos alguns aspetos que tinham sido avançados na sessão de 16 de Março de 2016.

Marta Labastida, arquiteta que liderou uma extensa equipa de projetistas e técnicos de especialidade, descreveu as principais opções que irão transformar o centro cívico da vila. O âmbito foi definido na Área de Reabilitação Urbana (ARU), que foi apresentada ao Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano, sobre o qual deverão correr as candidaturas para o financiamento da obra.

A intervenção, na fase de projeto, foi organizada em quatro áreas, que vão desde a Praça Dr. João Antunes Guimarães à zona das termas, compreendendo o edifício termal e os Banhos Velhos, atravessando todo o eixo definido pela Avenida da República .

Marta Labastida explicou alguns dos aspetos que serviram de partida para o desenvolvimento da proposta, como sendo os elementos marcantes que, historicamente, fizeram parte do local, como a Capela de Santo António ou o chafariz que marcava igualmente aquela praça. Também a reutilização de materiais deverá ser uma opção com vista à sustentabilidade e de continuidade da proposta.

Outro elemento estruturante é a água que estará presente em toda a área, com um canal que aproveitará as águas pluviais, encaminhando-as até à zona de cota inferior, passando pelo fontanário de D. João I. A este nível, o projeto prevê ainda a criação de um parque ribeirinho, com a recuperação da Ribeira da Canhota a correr a céu aberto, entre o actual balneário termal e os Banhos Velhos.

No final da exposição, o público tomou a palavra e levantou algumas preocupações, grande parte delas centradas nas questões do estacionamento e da organização do trânsito automóvel. O impacto da intervenção no comércio local foi outra questão aflorada, assim como a reposição de alguns elementos históricos nos seus locais originais, como o chafariz da praça Dr. João Antunes Guimarães.

Quanto a este último aspeto, foi o presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Domingos Bragança, quem se comprometeu em procurar saber da localização actual do chafariz e da possibilidade de o colocar na localização original.

Quanto ao estacionamento e ao trânsito automóvel, que sofrerão grandes alterações com a proposta, Marta Labastida começou por explicar que toda a intervenção em centros urbanos implica uma mudança de hábitos. Avançou que, com a criação de zonas de estacionamento formais fora do centro cívico, o número de estacionamento duplicará, ficando qualquer ponto ao alcance de cinco minutos, num percurso percorrido a pé.

No que respeita à presença do automóvel, todas as vias capilares do centro das Taipas passarão a ter um único sentido de atravessamento automóvel, com uma notável primazia para a pedonalização de toda a área. Esta será, além da sua transformação visual um dos aspetos que irá romper definitivamente com o existente.

De resto, não houve compromissos quanto a prazos de início da obra, nem se avançou um valor para toda a intervenção. Domingos Bragança anunciou que manterá um prazo para o envio de comentários e sugestões finais, até final do mês de Fevereiro. Findo esse prazo, o projeto deverá ser finalizado e será enviado para aprovação pelo Tribunal de Contas.

O presidente da Câmara espera que a obra seja realizada em duas fases e desejou que o seu início de verifique ainda durante o correr do ano de 2017.