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Preços sociais na Turitermas?PSD diz que não. Bragança fala em "qualidade"

Pedro C. Esteves
Sociedade \ sexta-feira, dezembro 23, 2022
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Domingos Bragança defende que “formação de um preço tem a ver com o serviço prestado”. PSD comparou serviço com o prestado por privados e diz que os utentes pagam preços de mercado.

A transferência de meio milhão de euros para a régie-cooperativa Taipas Turitermas prevista para 2023 no âmbito do contrato-programa com o município deve-se à “insuficiência na gestão” e não para compensar preços sociais praticados. O argumento é do PSD, que, em sede de Assembleia Municipal, confirmou que vai esclarecer-se junto da Sociedades de Revisores Oficiais de Contas (SROC) acerca do relatório apresentado pela Câmara Municipal de Guimarães.

O social democrata Rui Armindo Freitas sustenta que o contrato-programa de 498 mil euros “esconde gestão insuficiente” e disse que os utentes “pagam preços de mercado”. “Os preços praticados pela Turitermas não são abaixo do preço de mercado. O que está refletido no subsídio é uma insuficiência de gestão comparado com uma congénere que pratica os mesmos preços e consegue obter rendimento com isso”, referiu, pegando no exemplo das Termas de Vizela.

“O que estamos a votar não reflete a realidade. O que está a ser votado é a subsidiação de preços socais. Esses preços sociais não existem. Fizemos a comparação e na mão de vários privados no mesmo tecido populacional conseguem ter desempenhos positivos”, adiu.

As críticas foram afastadas pelo presidente da câmara. Domingos Bragança salientou que em votação estava a proposta feita pela estrutura técnica da cooperativa e que a “formação de um preço tem a ver com o serviço prestado”. “Não é possível comparar só preços, mas sim serviços. É o que está em causa. Não falta na concorrência quem faça por metade do preço. E não tem nada a ver. O preço mais caro é o preço mais barato”.

A Câmara de Guimarães foi ainda inquirida pelo CDS-PP, que acenou com o “histórico nada abonatório da régie-cooperativa”. “Percebemos que, durante de demasiados anos, critérios de avaliação de objetivos, de mérito e outros estiveram ausentes para a gestão eficiente de uma empresa”, indicou Nuno Vieira e Brito.

O contrato programa apresentado foi aprovado com votos favoráveis do PS e CDU, com abstenção da Iniciativa Liberal e votos contra de PSD, CDS-PP, Chega e Bloco de Esquerda.