
Movita promete dinâmica para “ativar participação cívica”
Associação sem fins lucrativos, a Movita apresentou-se oficialmente este sábado na sala multiusos do Antigo Mercado das Taipas com o intuito de agregar a comunidade para a discussão de assuntos de interesse político e social na vila de Caldas das Taipas, mas com a intenção de “ser diferenciadora” a uma escala maior, quem sabe a nível nacional.
Fomentar a proximidade ao exercício do poder democrático é uma das prioridades, com a aplicação móvel a constituir bandeira da Movita: em “vias de ser finalizada”, a ferramenta vai ser lançada para congregar propostas e ideias para resolução de problemas nas comunidades e para iniciativas de discussão de temas de interesse público.
“Se queremos que as pessoas se organizem, temos de trazer essa organização. Estamos a trabalhar para construir uma plataforma que seja transparente, em que a informação esteja lá, que seja de fácil acesso. Se no limite, conseguirmos deixar uma aplicação para a sociedade por forma a organizar ideias para impulsionar as decisões do poder local, já temos uma vitória muito grande”, referiu o presidente da recém-criada associação, Ismael Afonso.
Sob a promessa de transparência, com a apresentação de gastos e investimentos no seu portal, a Movita vai promover a discussão de assuntos políticos, mas de um ponto de vista apartidário; a associação não vai assumir qualquer afinidade partidária, apesar de recetiva a membros de várias ideologias políticas.
“As palavras-chave são neutralidade e liberdade. Não vamos emitir opiniões políticas. A política está ligada a todos os setores da sociedade. Todos os intervenientes da Movita têm liberdade para ter as suas ideologias políticas”, assinalou o vice-presidente, Bruno Marques.
Acompanhados pelo presidente da mesa da assembleia geral, Luís Paulo Silva, os dirigentes assumiram ainda que a Movita nasceu a partir de uma clivagem das duas fações que existiam no Opta Taipas: a que queria lançar uma candidatura independente à Junta de Freguesia de Caldelas e a que se focava na participação cívica, na origem da associação agora em vigor.
“Percebemos que essa era uma incompatibilidade. Ao tomar decisões políticas, iríamos tornar-nos concorrentes, e a ativação da participação cívica iria cair por terra. Como iríamos agregar as pessoas vinculadas a outros partidos?”, disse Ismael Afonso.
Entre as várias questões lançadas pela plateia, Ângelo de Freitas perguntou como a associação vê problemas como as sedes da Banda Musical de Caldas das Taipas e do Agrupamento do Corpo Nacional de Escutas, ou o campo do Clube Caçadores das Taipas. Em resposta, Ismael Afonso disse que a Movita vai tentar sempre “elevar o discurso”, não partindo do princípio de que os intervenientes do poder político estão a agir para prejudicar a população, e promover o esclarecimento sobre qualquer tema.
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