Luís Castro: “É importante o exercício físico. É um exercício de cidadania”
Ao ver que a manhã de domingo atraiu mais de 300 corredores às ruas de Caldas das Taipas, o padrinho da 15.ª edição da corrida, Luís Castro, enalteceu o facto de “ver tanta gente a praticar desporto”, num evento de que “não tinha noção” antes do convite lhe chegar. “É bom ver tanta gente a praticar desporto, tanta gente a fazer exercício. É interessante ver como é que as pessoas aderem a este tipo de iniciativas”, descreve o apresentador do Sociedade Civil, programa transmitido de segunda a sexta-feira, na RTP 2.
Com uma carreira que acumula a cobertura de mais de uma dezena de guerras e conflitos –Timor, Angola, Afeganistão, Iraque e Líbia, por exemplo -, Luís Castro é também empresário de eventos desportivos, nomeadamente de ciclismo e de atletismo. E o desporto, a seu ver, “faz bem ao corpo e à cabeça”, melhora a “capacidade de socializar com os outros” e ajuda a combater a pandemia que coexiste com a de covid-19, a da obesidade.
“Hoje em dia, 60% dos portugueses estão em estado de obesidade ou de pré-obesidade. A pandemia de covid-19 veio agravar ainda mais essa pandemia que a Organização Mundial da Saúde já tinha decretado. É importante praticar exercício físico. É um exercício de cidadania”, vinca.
O padrinho da 15.ª Corrida de Caldas das Taipas mostrou-se ainda agradado por voltar à sua região, já que é natural de Cabeceiras de Basto. “Já não passava aqui há muito tempo. Com as autoestradas, esquecemo-nos das Estradas Nacionais e das localidades”, admitiu.
“Recuperar a imagem da vila como espaço de turismo e de lazer”
Grato pela disponibilidade de Luís Castro para “apadrinhar a corrida”, o presidente da Junta de Freguesia de Caldelas fez votos para a competição “se possa repetir no próximo ano”, com dimensão “ainda maior”. “Apesar de as condições deste ano não serem aquelas que queríamos, em virtude das obras que decorrem, estou certo que, no próximo ano, poderemos ter uma corrida ainda maior, com melhores condições”, declarou Luís Soares, no final da corrida.
Para o autarca, a competição é um dos meios para “recuperar a imagem da vila como espaço de turismo e de lazer”. “Todas as iniciativas que estamos a realizar têm o objetivo de promover a nossa terra”, acrescentou. “Tivemos gente de toda a parte do norte do país, que viu como a nossa terra se está a transformar como comunidade. Esses são os grandes embaixadores para levarem a palavra de que esta é uma terra com potencial”.
Já Nelson Felgueiras, vereador com o pelouro do Desporto na Câmara Municipal de Guimarães, frisou que a corrida é, ao mesmo tempo, “uma dimensão de afirmação de Caldas das Taipas” e um veículo para a promoção “da dimensão da prática física e desportiva”.
O membro do executivo municipal reconheceu a predisposição dos atletas para uma “corrida de 10 quilómetros que parece ter 21”, o trabalho do Núcleo de Atletismo das Taipas, entidade organizadora, e dos patrocinadores, bem como a presença de Luís Castro. E disse que a prova é relevante para o calendário desportivo de Guimarães, nomeadamente para o atletismo.
“Esta é uma prova emblemática, que vai na 15.ª edição, sempre em crescendo. (…) Sentimos que as pessoas querem dinâmica. Nós, Câmara Municipal de Guimarães, estamos muito apostados em criar condições para que isso aconteça (…). “Brevemente, iremos mostrar coisas muito engraçadas no âmbito do atletismo”, prometeu.
* com Bruno José Ferreira