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Lima Pereira e o regresso à presidência do CART: "Sentimento de dever"

Bruno José Ferreira
Desporto \ quarta-feira, setembro 11, 2024
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Com uma situação financeira “complicada”, António Lima Pereira volta à presidência do CART para “tentar recuperar e estabilizar o clube” que este ano assinala cinquenta anos de história.

Maria Lopes apresentou a demissão da presidência do CART, sendo António Lima Pereira a assegurar os destinos do clube até ao final do mandato. A situação financeira “grave” esteve na a origem do pedido de demissão, segundo a mesa da assembleia geral do clube, sendo que em assembleia geral no qual foi vincado que “o CART precisa de todos” foi definido que o antigo presidente, que foi também atleta do clube, regressa à presidência, mantendo-se a restante direção. Recorde-se que Maria Lopes cumpria o segundo mandato à frente da instituição taipense que este ano assinala meio século de história.

Em declarações ao Reflexo, Lima Pereira refere que “foi um pouco o sentimento de dever” que o levou a assumir o final do mandato na condição de presidente. “Por aquilo que cheguei a passar no CART ao longo dos anos, sentir que o clube precisa de mim – está numa situação financeira complicada num ano em que completa cinquenta nos – foi o saber e sentir o que passei, o que custou, e agora chegar a um ponto e poder ver isto ir por água abaixo, que me levou a avançar”, assegura, complementando que foi, então, o “sentimento de missão” em prol do clube que levou a este cenário.

Com esse “sentido de missão” para “ajudar o CART”, António Lima Pereira sustenta que “o grande trabalho será na vertente financeira”, na medida em que “era essa parte que colocava em causa o funcionamento do clube”. Ainda assim, o presidente do sustenta que as quatro modalidades – hóquei em patins, voleibol, patinagem artística e karaté – “estão a funcionar em pleno”. “A parte financeira é a que mais cuidado merece, o foco neste momento é resolver a parte financeira, tentar recuperar e estabilizar o clube”. De resto, Lima Pereira aponta o hóquei como a modalidade com uma “situação mais problemática, por ter poucos atletas de escolinhas, e a equipa sénior ter pouca facilidade em completar-se”. “É o hóquei que vai dar mais dores de cabeça para completar a equipa”, assume.

De uma forma genérica, Lima Pereira considera que, na sua opinião “algumas situações que saíram fora do controlo” na gestão. Do conhecimento que tem do clube, Lima Pereira reconhece que “não há muito mais a cortar na gestão do clube” e que “não é com as equipas que se está a fazer subir a despesa”, apontando que, no seu entender, a chave da estabilização do clube passa pelo “rigor”.