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História de 20 anos da Tempo Livre contada em livro de Esser Jorge

Alfredo Oliveira
Desporto \ domingo, janeiro 27, 2019
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“Tempo Livre | 20 anos - História de uma estratégia municipal para o Desporto” é o título do livro que, mais do que um relato bibliográfico, retrata o contexto do nascimento da cooperativa Tempo Livre e do seu papel na implementação do desporto para todos.

O livro escrito pelo sociólogo vimaranense Esser Jorge Silva foi lançado durante as comemorações dos 20 anos da Tempo Livre, a 26 de janeiro, no multiusos de Guimarães. A apresentar a obra esteve António Amaro das Neves.

Na apresentação do autor e da obra dos 20 anos da Tempo Livre, António Amaro das Neves não deixou de dar a sua visão sobre certos acontecimentos e momentos importantes na história do desporto de Guimarães. Recuou no tempo, até 1913, onde está relatada aquela que terá sido a primeira nota sobre uma atividade desportiva e deu conta de um dos principais problemas que a cidade foi atravessando ao longo do tempo, a falta de infraestruturas desportivas, de equipamentos desportivos que vieram a ter o seu boom somente na década de 1990, “aproveitando-se os fundos comunitários”, como referiu o historiador vimaranense.

Da Tempo Livre destacou o seu papel no “combate à ideia de que o desporto era igual ao futebol”, de ter sido “uma incubadora de atividades desportivas” e de ter sido decisiva “na democratização e massificação do desporto em Guimarães”. Quanto ao livro, como concluiu António Amaro das Neves, “é importante e está bem escrito e feito”.

Esser Jorge começou por avançar que vive momentos felizes, dados pela conclusão do seu doutoramento e pela apresentação deste novo livro sobre a Tempo Livre. Recordou que fez a cobertura jornalística para o “Região do Minho” sobre a inauguração do multiusos e foi um dos que duvidou do seu sucesso. Destacou a importância do blogue “Memórias de Araduca”, de António Amaro das Neves, ao qual vai recorrendo nos seus trabalhos de pesquisa e ao papel que Santos Simões teve na sua evolução enquanto cidadão.

Caracterizou esta sua obra como sendo uma “accountability” sobre estes 20 anos desempenhados pela Tempo Livre. Esser Jorge socorreu-se de um modelo em voga na conceção de gestão e dos gestores em diversas áreas económicas e sociais onde se verifica um processo integrado de avaliação, uma prestação de contas não propriamente em termos financeiros e, ao mesmo tempo, uma responsabilização dos próprios gestores.
Neste seu livro há essa avaliação, essa prestação de contas. Esser Jorge disponibiliza informações e justificações sobre os principais momentos da Tempo Livre. Sobre esta, não tem dúvidas, o seu papel foi importante na implementação do desporto informal, onde todas as pessoas podem praticar uma atividade física sem estarem ligadas a uma coletividade.