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Hereditas já mapeou dados do património cultural em 18 freguesias

Alfredo Oliveira
Cultura \ domingo, fevereiro 10, 2019
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Em seis meses, uma equipa multidisciplinar percorreu 18 freguesias do concelho de Guimarães num levantamento exaustivo do seu património

O Projeto Hereditas tem como principal missão proceder ao “mapeamento de tudo o que é património material e imaterial do concelho”, de acordo com Seara de Sá, vereador responsável pela área do Urbanismo e Centro Histórico. O princípio ideológico subjacente ao projeto Hereditas | Atlas da Paisagem Cultural de Guimarães consiste na elaboração de uma base de dados do património cultural do concelho, entendido no seu sentido mais lato, integrando os três grandes inventários que se lhe consideram inerentes: o do património construído, o do património natural e o do património imaterial.

Em seis meses, uma equipa multidisciplinar percorreu 18 freguesias do concelho de Guimarães num levantamento exaustivo do seu património (Longos, Balazar, Briteiros Stª. Leocádia, Briteiros S. Salvador, Briteiros Stº. Estevão, Donim, Gondomar, Arosa, Castelões, Gonça, Sande S. Lourenço, Sande S. Martinho, Sande S. Clemente, Sande Vila Nova, Caldelas, Barco, Souto S. Salvador e Souto Stª. Maria). Durante este período foram criadas 1.413 fichas de arquitetura, 346 de paisagismo, 54 de arqueologia e 73 de património móvel, ficando ainda, desde já, referenciadas 73 paróquias medievais que incluem Vizela.

Seara de Sá defende que o Hereditas é um projeto “único, em termos nacionais”, a partir do qual o município poderá desenvolver “programas específicos para determinadas áreas, caso do turismo, roteiros culturais ou passando pela requalificação de edifícios ou de peças únicas e mesmo trabalhos de investigação”.

Sobre a questão colocada pelo vereador André Coelho Lima, na última reunião do executivo vimaranense de 31 de janeiro, sobre o ano e meio em que não se ouviu falar do Hereditas, Seara de Sá referiu que esse espaço temporal foi utilizado “em trabalhos burocráticos, na constituição da equipa e na criação das condições para o Hereditas ser operacionalizado no terreno”.

Prevê-se que o Hereditas terá a sua primeira fase concluída em meados de 2020, com um custo a rondar os 200 mil euros.
Este projeto pretende que a Quinta da Ribeira, em Ponte, venha a ser o caso de estudo do Hereditas, pelo contexto histórico, paisagístico e arquitetónico em que se foi desenvolvendo ao longo dos séculos.