Grupo Folclórico de Brito é o mais jovem do concelho de Guimarães
Ânimo não falta ao primeiro presidente do rancho de Brito. Domingos Fernando Alves deu conta que muita gente na freguesia não acreditava que fosse possível a criação do grupo folclórico e logo “num tempo em que é mais fácil extinguir-se um grupo do que se criar um novo”, como afirma.
A génese do rancho passou pelo facto de um grupo de amigos que já tinham pertencido a outros grupos estarem há algum tempo parados. Por outro lado, era uma área em que a freguesia estava deficitária: “Esse grupo de amigos foi alimentando a ideia e acabou-se a conversar com a Junta de Freguesia para pedir a sua colaboração e apoio na parte burocrática”. Fátima Saldanha, presidente da Junta de Freguesia, deu o seu apoio à iniciativa e o seu executivo tratou de algumas questões administrativas e cedeu um espaço para uns ensaios. Como refere o presidente da direção do novo rancho, com um espaço para ensaiar, no caso os ”Espaços Criativos”, estava dado “o grande passo para que o grupo fosse uma realidade”.
Sobre a data da fundação, Domingos Fernando Alves refere que a data da constituição do grupo é a do seu primeiro verdadeiro ensaio, a 28 de novembro de 2018, “é esta data que temos como referência para a criação do nosso grupo”, apesar de a primeira apresentação oficial somente ter acontecido a 18 de maio de 2019.
Neste momento, o grupo tem cerca de 42 elementos e pratica um folclore típico da zona minhota. É intenção da direção afirmar o grupo no exterior da freguesia e depois pensar noutras ambições: “Neste momento, o mais importante é que o grupo se apresente ao público. Com o tempo, é nossa intenção filiarmo-nos na federação de folclore e praticar um folclore como exige a tradição”.
Domingos Alves conta com a experiência dos mais antigos para que isso se torne realidade: “Mais de cinquenta por cento dos elementos do grupo já tem experiência no folclore, com idades compreendidas entre os 40 e 50 anos. Também já temos alguns jovens que nos abrem perspetivas de futuro. As pessoas, verificando que o projeto tem pernas para andar, vão aparecer nos ensaios e vão juntar-se ao grupo”.
A nível instrumental o grupo ainda apresenta algumas falhas que vão sendo colmatadas com instrumentos dos próprios músicos e, a curto prazo, vai tentar a inclusão de mais uma ou duas concertinas. A apresentação do dia 18 de maio foi muito positiva e as pessoas ficaram encantadas com o grupo, tendo passado pelo palco oito pares de dançarinos.
Esta é das outras preocupações da direção, é que o grupo suba aos palcos a “dançar e a cantar bem as músicas mais tradicionais, para, com mais experiência, apostar em tocar e dançar as próprias adaptações a serem implementadas pelo ensaiador. Nesta questão, a primeira saída oficial do grupo fora da freguesia já está agendada para o dia 2 de junho, em Tagilde. A nível interno, será o grupo que assumirá a organização das festas do S. João da vila de Brito.
Domingos Fernando Alves tem consciência que não tem tempos fáceis pela frente, pois, como diz, “estamos a lutar contra a corrente, pois é mais fácil um rancho fechar as portas do que se criar um de raiz, como é o nosso caso. Estamos com vontade e vamos trabalhar para mostrar à população que pode confiar no nosso projeto”.
Deixa um convite a todos os que gostem de folclore para aparecerem às sextas-feiras e aos sábados, à noite, nos Espaços Criativos, em Brito, para experimentarem e, naturalmente, fazerem parte deste grupo folclórico.