Grupo Folclórico da Casa do Povo de Briteiros 44 anos dançando o folclore do Baixo Minho
Curiosamente, surge na freguesia vizinha de Santa Leocádia, onde um grupo de pessoas de várias freguesias vizinhas se juntou para fazer uma festa. A partir desse momento, esse grupo foi reunindo mais frequentemente e acaou a ensaiar na Casa do Povo de Briteiros, que também já existia na altura. A evolução do grupo foi sendo sempre no sentido da defesa dos costumes e das tradições, acabando por ser um dos sócios fundadores da Federação do Folclore Português.
O grupo foi assim crescendo tendo como pano de fundo o respeito pelo folclore do Baixo Minho, nomeadamente as suas músicas e os seus trajes, que se reflete no traje de Noiva, do Trabalho, o Domingueiro, da Menina Rica e da Leiteira, trajes que o grupo folclórico vai suportando. Para isso, José Manuel de Freitas Costa, presidente do Grupo Folclórico da Casa do Povo de Briteiros há treze anos, refere que é necessário muito empenho de todos na procura de fundos, mas também com “a mão esticada muita das vezes”. A venda de rifas pela freguesia e durante o festival que organizam, também é uma boa ajuda financeira. Por outro lado, é uma gestão cuidada, “é gastar no que é preciso, é arranjar os tecidos e mandar fazer os trajes numa costureira”.
José Costa não tem dúvidas quando afirma que “o folclore é o parente pobre da cultura” e apresenta vários exemplos: “Temos uma saída e a comissão de festas paga 300, 400 ou 500 euros, para um grupo que leva mais de 40 pessoas, num espetáculo com mais de uma hora de atuação. Depois, a um cantor que, numa hora a cantar e por vezes em playback, já se paga 3000/4000 ou 6000 euros, a falar por baixo, para não falar nos grupos mais conhecidos. A Câmara, por exemplo, a troco de uma atuação, apoia um grupo federado com mil euros por ano. São opções, mas que penalizam o folclore”.
Leia a versão integral deste texto, na edição de agosto do jornal Reflexo.