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Festival encerra afirmando Guimarães como a capital da guitarra em dezembro

Catarina Castro Abreu
Cultura \ quinta-feira, dezembro 29, 2016
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O Festival Internacional de Guitarra de Guimarães elevou o período entre o Natal e o Ano Novo com concertos e masterclasses, um ciclo de conferências e um Concurso Internacional de Guitarra. A aposta na componente formativa manteve-se forte.

O III Festival Internacional de Guitarra de Guimarães (III FIGG 2016), evento promovido pela centenária Sociedade Musical de Guimarães, em parceria com a Câmara Municipal de Guimarães e sob direção artística do guitarrista Nuno Cachada, marcou a semana artística vimaranense, afirmando a cidade-berço como capital da guitarra clássica.

Milhares de pessoas, entre público, artistas, professores e alunos ligados ao ensino especializado, quer através de conservatórios, quer a título individual, marcaram presença no evento, tal como aconteceu nas duas primeiras edições.

Guimarães, que foi Capital Europeia da Cultura em 2012, abriu as portas dos seus diversos espaços culturais às cordas e aos acordes da guitarra clássica. O III FIGG 2016 passou por locais como a Academia de Música Valentim Moreira de Sá, o Centro Cultural Vila Flor, a Plataforma das Artes e Criatividade, o Paço dos Duques de Bragança, o Laboratório da Paisagem, a Associação Comercial e Industrial de Guimarães e o Círculo de Arte e Recreio.

“A qualidade das infraestruturas culturais e o facto de ser notório que Guimarães é cada vez mais um dos epicentros da cultura a Norte, uma vez que se multiplicam os eventos, e consequentemente o ecletismo, contribuem para que este festival esteja a ganhar proporção. E naturalmente que ao nome da cidade se soma o apoio do município e a cooperação entre associações e parceiros”, refere o diretor artístico, professor e guitarrista, Nuno Cachada.

A aposta na componente formativa continua a ser o grande objetivo deste festival. Os participantes no Concurso Internacional de Guitarra conviveram com artistas de renome de várias nacionalidades, aproximando-se da guitarra clássica através das mãos de alguns dos principais instrumentistas da atualidade.

O III Festival Internacional de Guitarra de Guimarães dotou todos os participantes das ferramentas essenciais à sua formação, promovendo a competição saudável, fomentando o espírito de grupo através da partilha de experiências e conhecimentos resultantes de escolas e ensinos diferentes, sem esquecer a promoção dos currículos pessoais.

Nesta terceira edição o Concurso Internacional de Guitarra foi alargado. Foram sete as categorias para interessados a partir dos oito anos e sem limite de idades. Vários conservatórios fizeram chegar as suas inscrições para um concurso que culminou esta quarta-feira, 28.

“Em dezembro Guimarães é a capital da guitarra. À semelhança de edições anteriores, repartidas por masterclasses e pelo concurso internacional, já recebemos inscrições de mais de uma centena de jovens que chegam de todos os cantos do país e de outros países europeus. Tem sido crescente quer o feedback positivo, quer o entusiasmo que o festival está a gerar junto de quem representa, vive,  trabalha e respira a guitarra”, acrescenta Nuno Cachada.

Simultaneamente, à música e à formação presentes num evento cada vez mais inclusivo que permite e acarinha a presença de pessoas com deficiência, soma-se um torneio de xadrez e a discussão de variados temas como o ambiente, atividades alicerçadas em várias parcerias com universidades e associações e contando com vários apoios.