Executivo municipal aprovou aumento de capital para a Taipas Turitermas
Os vereadores municipais fizeram aprovar, durante a reunião de 22 de Setembro, uma proposta de aumento de capital no valor de 1,6 milhões de euros da participação da Câmara Municipal na regie-cooperativa Taipas Turitermas.
Na fundamentação da proposta, o executivo municipal justificava a operação pela reclassificação do projecto de requalificação dos balneário termal pelo consórcio Provere Minho-In. Essa reclassificação implicou um redimensionamento da comparticipação comunitária do investimento dos 75% inicialmente previstos para 35%.
Por sua vez, essa reclassificação do Provere Minho In baseou-se numa reprogramação do programa, que deixou de considerar o projecto prioritário e passou a considerar a requalificação do balneário como complementar. Como agravante, devido à natureza jurídica da cooperativa, a cifra foi ainda agravada para os 21,9%.
Recorde-se que a obra de reabilitação dos Banhos Novos, que incluiu a construção da clínica médica e do centro de reabilitação física, tinha como fontes de financiamento um empréstimo bancário, que cobriria 30% do investimento e os 70% do Provere. Devido a este retrocesso, a Taipas Turitermas procura uma solução junto da Câmara Municipal de Guimarães, accionista maioritária da cooperativa.
Na discussão deste ponto da ordem de trabalhos o PSD referiu-se a um erro grosseiro, que terá graves consequências para o orçamento municipal. Na sua intervenção, António Monteiro de Castro lembrou o voto contra dos vereadores do PSD-CDS relativamente a uma proposta votada em reunião de 16 de Outubro de 2014, em que a Câmara Municipal de Guimarães garantiria uma almofada de até 2,6 milhões de euros, caso o financiamento do Provere falhasse.
O vereador eleito pela coligação Juntos por Guimarães, apesar de reconhecer a importância dos recusos turísticos e termais, considerou a operação da Taipas Turitermas um investimento ruinoso e um poço sem fundo a desbaratar dinheiros dos munícipes.
Domingos Bragança defendeu o aumento de capital na regie-cooperativa argumentando que se trata de um investimento estratégico para Caldas das Taipas e para o concelho de Guimarães.
O presidente da câmara defendeu ainda a gestão da Taipas Turitermas referindo que esta não precisava de injecção de capital, caso não estivesse a executar a obra de requalificação do parque de campismo e do polidesportivo do parque das Taipas, obra que a câmara quer que seja feita.
No fim Bragança acabou por referir que, se não se tivesse conseguido o financiamento comunitário, a obra nos Banhos Novos far-se-ia da mesma.
A proposta de aumento de capital da Taipas Turitermas no valor de 1,6 milhões de euros passou por maioria, com os votos contra dos vereadores do PSD e do CDS.
O vereador Ricardo Costa não participou na discussão e votação deste porto, por ser também o presidente da Direcção da regie-cooperativa Taipas Turitermas.
Este é o segundo aumento de capital feito pela Câmara Municipal este ano, tendo o último, de 135 mil euros, sido aprovado pelo executivo em Março.