Em Santo Estêvão, a estabilidade explica três meses de invencibilidade
Após a derrota com o Torcatense (2-1), para a Série B da Divisão de Honra da Associação de Futebol de Braga (AF Braga), a 03 de novembro de 2024, o GD Santo Estêvão lançou-se para uma série de 10 encontros sem qualquer derrota. O saldo desses quase três meses é categórico: oito vitórias e dois empates, 26 golos marcados e cinco sofridos.
O pontapé de saída para esse ciclo virtuoso deu-se a 09 de novembro, com a goleada ao Mosteiro (6-0), referente à segunda eliminatória da Taça AF Braga, prova onde os verde-rubros derrotaram ainda o Ribeirão (5-0) e o Guilhofrei (3-0), assegurando uma inédita presença nos oitavos de final. Apesar da derrota no reduto do Santo Adrião (2-1), a abrir fevereiro, o GD Santo Estêvão ocupa um tranquilo oitavo lugar no campeonato, com 28 pontos, a 10 do líder Torcatense.
O treinador Rui Nogueira crê que o rendimento da sua equipa é fruto de “uma conjugação de fatores”, embora haja um que sobressaia. “Para conseguirmos um trabalho sustentado, precisamos de estabilidade. Felizmente, em Santo Estêvão, temos conseguido essa estabilidade”, adianta ao Reflexo o ex-técnico de Prazins e Corvite e de Campelos.
Responsável por um plantel que começou a temporada 2024/25 com sete caras novas, o timoneiro crê que a melhoria verificada desde novembro se explica com “o assimilar dos processos treinados”, após uma fase de adaptação dos reforços. Convencido de que a Série B apresenta “um nível de competitividade elevado”, até pelas reduzidas distâncias na tabela, Rui Nogueira privilegia “a consistência e a regularidade” no que resta da época, sem esconder a ambição de ver o Santo Estêvão brilhar no campeonato ou na Taça. “É uma competição fantástica, mas vai depender muito dos adversários pela frente. Vamos procurar ser competitivos para superar mais uma eliminatória”, assume.
“Toda a gente ajuda a defender”
Voz da experiência e baluarte de uma defesa que consentiu cinco golos na fase invencível, André Buraco, de 36 anos, cumpre a segunda época em Santo Estêvão e vê a “equipa a crescer” após um início aquém do esperado. Agradado com o trabalho semanal do plantel, o central distribui o mérito da recente performance defensiva por todos os jogadores. “Toda a gente ajuda a defender. Se os elementos da frente não defenderem, os de trás não fazem milagres. É um trabalho de todos”, testemunha.
O jogador crê que os verde-rubros podem fazer “uma coisa engraçada” na Taça AF Braga e “ombrear com as equipas que teoricamente lutam para subir de divisão” na Série B, com o ensejo de igualar ou melhorar o quarto lugar da época passada. “Gostaríamos de fazer igual ou melhor, dentro dos objetivos do clube”, confessa.