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Dispositivo de combate a incêndios para 2018 reforça meios em todos os níveis de risco

Paulo Dumas
Sociedade \ quinta-feira, maio 17, 2018
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O documento foi apresentado pelo CODIS Braga, prevendo-se um reforço de meios em todos os "níveis de compretimento". A maior alteração dá-se nos meios aéreos - Braga fica com meio ligeiro permanente, mas perde a proximidade do meio aéreo pesado.

O Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) foi apresentado pelo Comandante Distrital da Proteção Civil de Braga, durante a manhã de quinta-feira, 17 de maio.

Hermenegildo Abreu enumerou as estruturas e os meios que serão disponibilizados para fazer frente aos próximos níveis de risco de incêndios florestais no distrito de Braga, que compreende 14 municípios, com cerca 850 mil habitantes.

Os objetivos traçados para a época de maior propensão para a ocorrência de incêndios florestais são reduzir a área ardida e o número de ignições e principalmente que não haja baixas humanas a registar, conforme frisou Hermenegildo Abreu no remate da sua apresentação, no Salão Nobre dos Bombeiros Voluntários de Braga.

Este ano, a divisão dos níveis de risco no tempo irá ser denominada por "níveis de empenhamento". O nível de maior risco será o IV, substituindo a anterior Fase Charlie e vigorará durante o período de 1 de julho a 30 de setembro. Em todos os níveis de empenhamento haverá um reforço de meios relativamente ao ano de 2017.

Ao nível dos meios aéreos será onde se registará a maior alteração face ao ano anterior. Por um lado o distrito passará a ter em permanência, durante todo o ano, um helicóptero ligeiro de auxílio ao combate, que ficará localizado em Fafe. Nas fases II, III e IV o distrito contará com dois helicópteros ligeiros. Além do de Fafe haverá um outro estacionado em Braga.

Por outro lado o distrito deixará de ter o meio aéreo pesado que no ano passado esteve sedeado em Braga. Trata-se de um meio sob a alçada do Comando Nacional, que Braga irá perder. O meio pesado mais próximo ficará localizado em Vila Real.

Guimarães será sede da equipa de ataque ampliado que atuará em caso de necessidade, com o apoio às equipas de ataque inicial. Prestará esse apoio aos distritos de Braga, Viana do Castelo e Vila Real. Hermenegildo Abreu saúda a criação desta estrutura e justifica a sua localização em Guimarães por ser a mais central e por haver fáceis acessibilidades a todos os distritos a partir de Guimarães.

No nível máximo de alerta, o nível IV, estarão no terreno, no distrito de Braga, 426 operacionais, com 88 veículos e distribuídos por 88 equipas. Cerca de 40% da área do distrito é florestal e 37% são áreas agrícolas ou agroflorestais.

Apesar de 2017 ter sido um dos mais trágicos de que há memória em termos do balanço dos incêndios, no distrito de Braga o ano não foi o pior. Registaram-se 2175 ocorrências de que resultaram 12167 hectares de área ardida. Ainda assim, estes indicadores são inferiores aos registados em 2016.