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Diretor do Teatro Oficina faz balanço positivo da mostra de teatro amador de Guimarães

Paulo Dumas
Cultura \ quarta-feira, outubro 11, 2017
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João Pedro Vaz, o diretor do Teatro Oficina desde janeiro de 2017, classifica como "muito positiva" a edição deste ano da MAT - Mostra de Amadores de Teatro. Participaram seis companhias vimaranenses, que apresentaram os seus trabalhos durante quase um mês, em vários pontos do concelho. Os olhos estão já postos na edição do próximo ano.

Como avalia a forma como decorreu a MAT, no formato adotado este ano?
De modo muito muito positivo. Conseguimos tornar a Mostra mais inclusiva, mais debatida, mais partilhada entre os grupos e com números de público muito interessantes. Acho que temos um bom formato e, mais do que isso, muita vontade de o melhorar e tornar uma festa de teatro. Venha a MAT’18.

De uma forma geral, que comentários lhe merecem os trabalhos apresentados?
Nos três fins-de-semana tivemos propostas muito diferentes e isso é ganho da maior inclusividade deste formato. Foi fácil de perceber a diferença entre grupos com um pendor mais artístico e outros de natureza comunitária e de encontro social. Queremos respeitar o formato dos grupos e melhorar a sua prática. Dos seis espetáculos, quatro foram textos originais criados dentro dos grupos, e a maior parte das propostas estavam alinhadas com tendências do teatro contemporâneo o que diz bem da centralidade do teatro em Guimarães.

Como era formada a composição do júri na edição deste ano?
Os projectos iniciais foram avaliados pelo júri habitual desta mostra: Casimiro Silva, Manuela Paredes e Torcato Ribeiro acompanhados por mim. Durante os fins-de-semana nas freguesias, os espectáculos tiveram a visita dos atores e encenadores profissionais António Durães e Nuno Preto, comigo e com um elemento do júri habitual em cada noite. Na fase final, no CCVF, o júri habitual regressou em conjunto para classificar os espectáculos. Assim tivemos, de fase em fase, muito mais vozes a discutir as ideias, e muito mais emoção também.

Em que é que os trabalhos finalistas se destacaram, o que mais foi valorizado pelo juri?
Merecem comentário os três finalistas, já que foi nítido que estávamos perante os três melhores espectáculos. A escolha do vencedor não foi unânime entre o júri, exactamente como o teatro deve ser. Mas acabou premiado o arrojo, outra característica que, pessoalmente, me agrada muito na arte.

O público respondeu à chamada?
Acima das 1100 pessoas em três fins-de-semana, numa média de 125 pessoas por espectáculo, em espaços muito variados é uma expectativa alcançada mas não duvido que será superado em anos seguintes. Há sempre trabalho pela frente, vamos a ele.