Diane Oliveira: experiência de 1.ª Divisão para impulsionar vólei do CART
Diane Oliveira adia por instantes o começo de mais um treino, enquanto as colegas ensaiam o serviço, a receção, o passe, o ataque ou o bloco às ordens do treinador João Paulo Pereira. Aos 32 anos, a jogadora aceitou representar o CART na 3.ª Divisão, depois de cinco épocas na elite do voleibol nacional, ao serviço da Castêlo da Maia, Vilacondense e Vitória, o clube onde cresceu para a modalidade. É a mais sonante das sete contratações para um plantel que inclui ainda cinco jogadoras da época transata e assume ter em mente a subida à 2.ª Divisão. “Que possamos ser uma equipa extremamente competitiva, a lutar pela possibilidade de subir de divisão. Mas também temos de pôr os pés na terra”, avisa, em declarações ao Reflexo.
A primeira fase do campeonato, regional, com cinco equipas, arranca em 04 de novembro, mas o CART só entra em ação no dia 11, frente ao Vila Real e Benfica. Convencida de que as taipenses são favoritas a revalidarem o título regional, a oposto avisa que a segunda fase, em caso de apuramento, inclui equipas com “outro grau de dificuldade” – CD Póvoa, CA Madalena ou Académica de Espinho. Apesar de “alguns contratempos a nível de lesões”, o CART venceu o Torneio do Minho e tem potencial para evoluir para um “jogo que flua”, acrescenta.
Diane Oliveira recusa “fazer milagres” por si só e diz-se pronta para ajudar no “crescimento de todas as atletas, principalmente das mais novas”, mostrando o que sabe fazer e simplificando algumas das instruções de um técnico com experiência e linguagem de 1.ª Divisão. “Por vezes, as miúdas não apanham esta linguagem. Estando em campo e sendo colega, consigo dizer-lhes qual o objetivo do treinador e o que temos de fazer”, realça.
Embora admita regressar à 1.ª Divisão, mediante uma “boa proposta”, a jogadora diz-se feliz no CART, clube no qual foi “muito bem recebida”. “Terá de ser uma boa proposta que me faça sair daqui, senão mantenho-me aqui com total entrega e feliz, não só pelo contributo para a equipa sénior, mas também porque recebo o calorzinho das miúdas, tentando-as ajudar a que cresçam”, perspetiva.