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Comerciantes das Taipas querem mais estacionamento no centro da vila

Paulo Dumas
Freguesias \ quinta-feira, março 30, 2017
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A proposta apresentada pela Câmara Municipal de Guimarães para o centro da vila prevê um esvaziamento dos lugares de estacionamento automóvel. Os comerciantes do centro da vila querem mais estacionamento junto aos seus estabelecimentos. Os resultados da reunião conjunta de comerciantes chegará à Câmara Municipal através da Junta de Freguesia de Caldelas.

A Junta de Freguesia de Caldelas convocou os comerciantes do centro da vila de Caldas das Taipas para discutirem em conjunto a proposta para a requalificação de toda a área central da vila. O projeto, teve duas sessões de apresentação - uma em 2016 e outra já este ano; e está a ser desenvolvido pela Escola de Arquitetura da Universidade do Minho e promovido pela Câmara Municipal de Guimarães. A reunião dos comerciantes decorreu ao serão do dia 30 de março, no edifício da Junta de Freguesia.

A reunião serviu para discutir e esclarecer alguns pontos. Dali resultou um documento com algumas recomendações, subscritas pelos comerciantes do centro da vila, tendentes à alteração de alguns aspetos inscritos na proposta, com as quais os comerciantes não estão satisfeitos ou têm sérias dúvidas que venham a resultar em benefício dos seus respetivos negócios. Como ficou logo patente na sessão de apresentação de 3 de fevereiro último, no Centro Pastoral, a falta de estacionamento automóvel gerou preocupações.

O presidente da autarquia taipense, Constantino Veiga, fez uma introdução acerca do intuito da reunião, começando por dizer, logo à partida, que qualquer intervenção deste género implica um conjunto de alterações de hábitos. O presidente da Junta de Freguesia de Caldelas adiantou ainda que, como arquiteto, está satisfeito com a solução apresentada pelos técnicos. No entanto, disponibilizou-se para registar as preocupações dos comerciantes, fazendo-as levar à Câmara Municipal de Guimarães.

De uma maneira geral, o projeto é do agrado dos comerciantes. Mas a redução do espaço para o estacionamento automóvel é, para a maioria, um aspeto negativo, que poderá ser melhorado. Aventou-se a ideia de que algum espaço que ficará dedicado aos peões, poderá ser afetado para aumentar o número de estacionamentos previstos. As várias intervenções foram no sentido de temer que a falta de soluções para estacionamento passe a ser um entrave para aceder ao centro da vila e por conseguinte aos negócios locais. Uma das soluções que foi lançada foi a construção de um parque de estacionamento subterrâneo, ao longo da Avenida da República.

Também a postura de trânsito levantou algumas dúvidas, nomeadamente o sentido do trânsito automóvel em algumas artérias do centro da vila, que poderão dificultar necessidades de cargas e descargas de apoio aos estabelecimentos. Muitos comerciantes queixaram-se que não conseguirão trabalhar sem um acesso rápido a uma viatura automóvel, porque precisam dela constantemente durante o dia para fazer entregas aos seus clientes.

As preocupações foram anotadas e a ata da reunião será entregue ao presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Domingos Brangança, já durante a próxima semana. Constantino Veiga realçou que esta experiência foi um bom exemplo de como os comerciantes poderão atuar na resolução dos seus problemas comuns. Alertou, já no final da reunião, que outro problema que os comerciantes terão no futuro será derivado da construção da via de acesso ao Avepark. Constantino Veiga acredita que esta via esvaziará a vila, com danos para o comércio tradicional.