
Castelo de Guimarães continua a ser o monumento mais visitado no norte apesar do menor número de visitas
A pandemia provocou uma descida acentuada de visitas nos museus. Também os museus foram afetados, sendo que a pandemia levou a que, por razões óbvias, um conjunto dos museus e monumentos afetos à Direção Regional de Cultura do Norte registassem uma descida de visitantes, totalizando um número de 665.993 visitantes, o que representa uma descida de 71% em comparação com o ano anterior, altura em que se registou um recorde de afluência.
Trata-se do número de entradas mais baixo da última década, justificado por questões como o encerramento dos museus e monumentos entre 15 de março e 18 maio, restrições horárias e reticência das pessoas em visitar espaços públicos. Recorde-se que, em 2019, esse conjunto de museus e monumentos atingiu um recorde absoluto no número de visitantes, tendo registado 2.232.154 entradas, o que representou uma subida de 22,9% em comparação com o ano anterior. De 2010 a 2019, o número de visitantes havia subido 188%.
Ainda assim, o Paço dos Duques destaca-se, de forma positiva relativamente ao número de visitantes que recebeu ao longo do ano, entre os sete museus afetos à Direção Regional de Cultura do Norte. Apesar das difíceis condições, ao longo deste ano, o Paço dos Duques continua a destacar-se com 135.412 visitantes, ainda que com uma variação negativa de 70,7% em relação ao período homólogo.
António Ponte, Diretor Regional de Cultura do Norte, refere que, atendendo à situação provocada pela pandemia Covid-19, era já expectável esta redução de afluência e ressalva a resiliência de todos os trabalhadores afetos a estas estruturas. Sublinha, como nota positiva e de importância para a captação de novos públicos para a cultura, a forma como os museus se reinventaram nos meios digitais: “Criar uma relação equilibrada entre as novas exigências e o espírito das visitas aos museus é o grande desafio para o futuro” acrescenta o Diretor Regional de Cultura do Norte.