Campo de atividades será a melhor prenda do 50º aniversário do Agrupamento 323
As comemorações deste 50.º aniversário serão um marco na vida dos escuteiros de Sta Eufémia?
O nosso agrupamento foi fundado a 15 de junho de 1969 e foi sempre nosso objetivo marcar condignamente este nosso aniversário. Realmente começamos em grande essas comemorações. Em março, de 1 a 5, fomos comemorar numa atividade do agrupamento, fora do país. Estivemos em Londres e fomos à raiz onde tudo começou, onde se verificou o primeiro acampamento do escutismo, em 1907, feito por Baden-Powell, na ilha de Brownsea, localizada a sul de Inglaterra. Também estivemos em Londres no parque Gilwell, onde a insígnia de Baden-Powell foi associada ao primeiro curso de formação de Dirigentes, em 1919.
Quantos escuteiros marcaram presença nessa viagem?
Fomos 60 pessoas, entre os atuais membros e ex-chefes de agrupamento e outros convidados ligados ao escutismo. Foi uma aventura, em que, desde novembro de 2018, trabalhamos muito para a concretizar. Os pais também foram envolvidos e cada um pagou 100 euros, para um orçamento de 350 euros por pessoa. Este valor ainda foi reduzido um pouco, através de várias iniciativas, como a venda de calendários, a feira das sopas, os Cantares dos Reis, entre outras, mais as que ainda vamos realizar. Penso que até agosto, essa diferença será toda paga.
Estiveram em dois locais importantes na vida do escutismo. O que mais marcou nessa viagem?
Foi uma atividade que, apesar da chuva e da lama, vai marcar para sempre os jovens que participaram. Para tornar ainda mais inesquecível, fizemos nessa ilha as “Promessas” dos jovens escutistas. Essa “Promessa” será renovada a 6 de abril, para os pais e padrinhos poderem assistir, num dia em que teremos a visita do bispo de Braga.
Que outras iniciativas estão previstas para este ano?
Para junho, estamos a programar uma festa para o dia 15, onde pretendemos juntar toda a comunidade, na inauguração do campo escutista que queremos concretizar. No final do ano, está prevista uma peregrinação a S. Bento, nosso patrono, para a qual vamos convidar toda a paróquia a juntar-se a nós.
O que pretendem com esse campo escutista que referiu?
É esse o nosso grande projeto, a concretização de um campo de atividades escutistas a ser instalado num terreno próximo da igreja. Não podemos adiantar muito mais, pois é um projeto que ainda não está fechado. Caso se concretize, mais adiante, poderemos pensar instalar nesse espaço, algumas casas em madeira que poderão funcionar como sede do grupo escutista. Neste momento, ocupamos um espaço cedido pela paróquia. Num espaço próprio, criam-se outras dinâmicas, como uma maior responsabilidade das secções e dos jovens.
Como se encontra o Agrupamento 323?
Rondamos os 70 elementos, já fomos mais, pois já chegámos a ter cerca de 120 elementos. Atendendo à realidade da sociedade, a tendência tem sido para diminuir. Para além da quebra da natalidade, é aquilo que todos sabemos, a grande diversidade de ofertas que os jovens têm para os eus tempos livres. No entanto, para o tipo de freguesia que é Santa Eufémia, com um número reduzido de habitantes, o número de escuteiro é significativo. Para este dinamismo, acredito que o facto de uma grande parte dos pais já terem sido escuteiros leva a que os filhos também por cá passem. Depois, os jovens escutistas, na escola, também puxam uns pelos outros. É evidente uma forte ligação com a comunidade. Quando andamos pelas portas a cantar os Reis, na Feira das Sopas e noutras iniciativas do género, torna-se evidente que temos do nosso lado a comunidade, existe uma forte adesão às nossas iniciativas.
Desde que altura passou a Chefe de Agrupamento?
Não me lembro da minha vida sem ser escuteiro. Tenho uma vida ligada ao escutismo. Sou escuteiro há mais de 30 anos e assumi a liderança desde dezembro de 2017.
Quais os objetivos que pretende cumprir?
Sabemos para onde queremos ir, agora é só fazer o caminho para lá chegar. Tudo tem um início e, por exemplo, inaugurar o campo de atividades que já referi, no dia do nosso aniversário, seria a melhor prenda que poderíamos ter.
A um outro nível, a minha vontade é que o agrupamento se renove constantemente, que surjam sempre jovens com uma formação sólida e com sentido de responsabilidade e que tenhamos sempre adultos para dirigir o agrupamento.