Bruno Ferreira: “Centenário mostra a união e a mística” do CC Taipas
O Campo do Montinho foi brindado com céu limpo e sol resplandecente no dia do centenário do Clube Caçadores das Taipas; o verde e o branco do segundo clube desportivo mais antigo do concelho de Guimarães, o verde e o vermelho de Portugal e o verde e o amarelo da vila de Caldas das Taipas eram, por isso, nítidos no momento em que as respetivas bandeiras foram erguidas. Encarregue de içar a bandeira do CC Taipas, o seu presidente realça que 23 de novembro de 2023 é “uma data marcante, única”. “Todos partilham o meu sentimento de orgulho, de gratidão por tudo o que foi feito por este clube. Temos um clube histórico, de referência. Todos os sócios estão orgulhosos deste centenário”, disse Bruno Ferreira, aos jornalistas.
Atento ao clube desde criança, tempo em que se deslocava ao Montinho na companhia do avô, o dirigente de 34 anos lembra “os momentos melhores e os momentos menos bons” e crê que o emblema do javali está a encetar uma trajetória de crescimento. “Quando assumimos a direção, tínhamos um Taipas enfraquecido. Agora sinto um Taipas mais forte. Este centenário mostra a união e a mística que este clube sempre teve. Esteve um pouco adormecida, mas estamos a devolvê-la aos taipenses”, vinca.
Com a equipa sénior no quarto lugar da Série B da Divisão de Honra da Associação de Futebol de Braga, Bruno Ferreira recusa traçar como objetivo imediato o regresso à Pró-Nacional. Compromete-se, em vez disso, a que a equipa lute para ganhar todos os jogos e em garantir mais investimento para o clube chegar a outro patamar, descartando, porém, a constituição de uma SAD. “Temos de fazer as coisas muito ponderadamente. Poderemos ter condições para ter o Taipas noutro patamar, mas temos de fazer tudo com consciência e criar bases para que isso aconteça (…). Com certeza, conseguiremos sem ter de constituir qualquer tipo de SAD”, vinca.
Antes do hastear das bandeiras, o porta-voz da Comissão do Centenário, Vasco Marques, realçou que o CC Taipas é uma referência na vila de Caldas das Taipas, na região que a envolve, no concelho de Guimarães e que esta quinta-feira é o primeiro dia do ano do centenário, que pode ter outros momentos para assinalar a história do clube.
Depois das cerimónias no Montinho, os dirigentes e adeptos do CC Taipas deslocaram-se ao cemitério para homenagear os sócios falecidos, através da deposição de uma coroa de flores no jazigo de Manuel Joaquim de Sousa, padre de São Tomé de Caldelas entre 1947 e 1991 e antigo presidente do clube. Sócio do clube, Carlos Marques lembrou o percurso do sacerdote em Caldas das Taipas e o seu esforço para manter vivo o futebol na terra, numa época em que era difícil reunir dirigentes, principalmente antes do 25 de Abril.