Assembleia de Freguesia: ADIT poderá adquirir edifício da Pensão Vilas
Durante a sessão extraordinária da Assembleia de Freguesia, que decorreu durante a manhã de sábado, 18 de Junho, Constantino Veiga anunciou que a ADIT está disponível para adquirir o imóvel conhecido por Pensão Vilas.
A CDU considera uma possível boa solução, enquanto o PS tem algumas dúvidas. A Junta de Freguesia ficou de apresentar, numa próxima Assembleia de Freguesia, dados concretos para a venda à ADIT.
Na sequência de uma notícia publicada pelo REFLEXO na sua última edição mensal, os partidos da oposição, PS e CDU, juntaram-se num requerimento para convocar uma Assembleia de Freguesia (AF) extraordinária com o propósito de debater questões relacionadas com o edifício Pensão Vilas, no qual se espera seja construída uma residencial sénior, conforme foi promessa eleitoral do atual presidente da junta, Constantino Veiga.
A referida notícia deu conta que a NVE Engenharias, SA, empresa responsável pela construção da Residencial Sénior, no antigo edifício da Pensão Vilas, entrou com um processo em tribunal, onde reclama o pagamento de faturas correspondentes à obra já executada. Na instrução do processo, a NVE terá feito a respetiva prova de dívida, que remete para cerca de 350 mil euros. Por sua vez, a Associação para o Desenvolvimento Integrado das Taipas (ADIT) terá contestado os elementos apresentados pela NVE.
Recorde-se que o contrato de empreitada entre a empresa de construção e a ADIT resultou após concurso público, em que viria a ser adjudicada à NVE a construção da Residencial Sénior Caldas das Taipas, com o valor de um milhão e trezentos e cinquenta e um mil e cem euros, acrescido do respetivo IVA, de acordo com o caderno de encargos aprovado.
Esperava-se desta AF uma discussão sobre soluções para este imbróglio, em que se tornou a construção de uma residencial sénior no antigo edifício Pensão Vilas, mas o que se veio a verificar foi uma uma troca acesa de acusações entre a bancada socialista e a Junta de Freguesia.
A bancada da coligação Juntos por Guimarães (JpG) preferiu trazer assuntos relacionados com o Centro Social Padre Manuel Joaquim de Sousa (CSPMJS) e negócios concretizados pelo município, sem que ninguém do PS os conteste.
A CDU assumiu uma posição institucional, tornando claro que aceitou requerer esta sessão extraordinária, não para discutir o passado sobre o qual já tudo tinha sido dito, considerando este negócio ruinoso para freguesia, mas sim discutir soluções. Disponibilizou-se para, em conjunto, arranjar uma solução positiva para todos os intervenientes, caso a Junta de Freguesia assim o entenda.
A JF lamentou a indisponibilidade da Câmara Municipal de Guimarães em acarinhar este projeto como fez com outros na vila, nomeadamente o Lar Alcides Felgueiras, do CSPJMS.
A solução apresentada pelo presidente da JF, mandatado pela presidente da ADIT, Maria José Marques, passou praticamente ao lado da discussão. A CDU foi o único partido que, de imediato, a qualificou como uma boa solução ficando a aguardar novos dados. Apesar dos apelos do presidente da mesa da Assembleia, Mário Ribeiro, só no último ponto da ordem de trabalhos, reservado às conclusões, é que os restantes partidos tomaram posição.
A CJPG pediu à JF que encetasse conversações com ADIT para definir os termos da venda e os apresentasse numa próxima AF para discussão e aprovação, enquanto o PS disse não saber se era a melhor solução, querendo primeiro saber o valor da venda e não menos importante para os socialistas, é saber se a ADIT terá condições para levar por diante o projeto da residencial sénior.