As ideias de Mariana Silva (CDU) para o norte do concelho
Independentemente do local de residência, qualquer cidadão tem o “direito à mobilidade” e, para a candidata da CDU à Câmara Municipal de Guimarães, esse direito só se pode materializar com um serviço municipal de transporte público coletivo. “A Câmara deveria ficar com os transportes públicos. Eles não têm de dar lucro ao início, porque ainda temos de habituar as pessoas a esta opção favorável ambientalmente. Só numa perspetiva mais pública, e não do lucro, se pode responder às necessidades da população”, vinca Mariana Silva ao Reflexo.
A também deputada dos Verdes na Assembleia da República discorda, por isso, da concessão que vai entrar em vigor em 2022, do “transporte a pedido” e do serviço para os menores de 18 anos, que, a seu ver, deveria ser integralmente gratuito. “O aluno que tem um passe gratuito poderia circular em todo o território, inclusive aos fins de semana. E um passe escolar não permite isso”, aponta. A candidata realça ainda que as ciclovias devem ser construídas para o “dia a dia” e não só para “lazer e desporto”. Quanto às estradas, a construção de um novo acesso à A11 poderia beneficiar o desenvolvimento económico do noroeste do concelho, aponta.
Já o centro cívico das Taipas não foi “propriamente bem pensado”, salienta. O rosto da CDU para as próximas Autárquicas critica sobretudo a “falta de acompanhamento e de comunicação com as populações”, sobretudo os comerciantes, e o abate de árvores de março. “Cada vez mais é necessário arborizar e trazer os espaços verdes para estas obras de requalificação que permitam usufruir do espaço público”, diz.
A nível ambiental, Mariana Silva vinca que a despoluição do rio Ave, em curso há 25 anos, deve ter um cunho supramunicipal, para se perceber ao certo “onde a poluição surge”. “Não vale a pena estar a despoluir os 40 quilómetros quando o rio tem 80”, explica. Favorável à implementação dos guarda-rios, a candidata da CDU defende que os profissionais devem ir além do “bloco na mão” e ser muito “mais interventivos juntos dos agricultores e das empresas, bem como na limpeza dos leitos”.
A melhoria ambiental em redor do Ave vai atrair “muito turismo” Guimarães, acrescenta. Defensora de uma rede de praias fluviais que garanta “bandeiras azuis” e “desenvolvimento económico”, Mariana Silva defende a criação de um “circuito arqueológico da cultura castreja” com transporte dedicado e investimento na promoção dos espaços.