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Aos 23 anos, Rotary quer ser “ponte entre problemas e possibilidades”

Tiago Dias
Sociedade \ quarta-feira, junho 01, 2022
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Na celebração de mais um aniversário, o clube prometeu fortalecer os laços com o clube francês de Nord Blaye, com que é geminado, e recebeu uma visita da Normandia.

A outorga da carta constitucional ao Rotary Club de Caldas das Taipas, que marca a sua fundação, tem agora 23 anos. Fundada a 27 de maio de 1999, a instituição distinguiu-se, em mais de duas décadas, pela entrega de 75 cadeiras de rodas e 12 camas articuladas aos Bombeiros Voluntários de Caldas das Taipas, para ficarem ao serviço da comunidade, e pela entrega de prémios escolares, a alunos da EB 2 e 3 das Taipas e da Escola Secundária. Patrocinou ainda bolsas de estudo, bombas mamárias e, mais recentemente, um concurso literário.

Na hora de mais um aniversário, o objetivo do Rotary é o de “ajudar a comunidade o melhor que pode”, vinca ao Reflexo o presidente, António Gonçalves, à margem do jantar de aniversário, decorrido nesta terça-feira. “O nosso objetivo é sempre ajudar o próximo, ajudar a comunidade. Em coordenação com o Rotaract, clube para as pessoas de 18 a 36 anos, e com o Interact, para os de 12 a 18 anos, gerimos vários projetos, como o do cadeirão para ajudar as mães a amamentarem os filhos”, explica.

Já a futura presidente, para o ano rotário 2022/23 – 01 de julho de 2022 a 30 de junho de 2023 -, Teresa Portal, citou um antigo membro de um clube rotário de Milão, Carlo Ravizza, para dizer que o movimento, e o clube taipense, mais propriamente, deve ser uma “ponte entre os problemas e as possibilidades”. “O nosso lema deste ano diz o mesmo: “servir para transformar vidas”. Todos se interligam desde que foi criado o Rotary, desde 1905 até hoje. Todos fazem girar a roda dentada, já que traduzem o lema rotário: “Dar de si antes de pensar em si”, disse.

Outra das tarefas a que o Rotary Clube de Caldas das Taipas se propõe é a de alimentar as geminações com o Rotary Club de Sória – Castela e Leão, Espanha – e com o Rotary Club Nord Blayais, na região de Bordéus em França. No caso do parceiro gaulês, membros dos clubes encontraram-se recentemente na assembleia plenária da Comissão Interpaíses Portugal – França, em La Rochelle. Aí emergiu a promessa de membros de ambos os clubes se associarem às homenagens de cada Rotary, um ano em França, outro em Portugal.

 

 

Rosa Lima nasceu em Souto, faz parte do clube de Elbeuf e veio ao aniversário

Emigrada em França desde criança, Rosa Lima vem com regularidade à terra natal, São Salvador de Souto. E é também rotária, no clube de Elbeuf, cidade normanda nos arredores de Rouen, a cerca de uma hora de carro de Paris. Ao ter conhecimento de que o Rotary Clube de Caldas das Taipas cumpria mais um aniversário, também participou na comemoração, tendo entregado uma flâmula do seu clube a António Gonçalves e testemunhado algum do seu trabalho.

“Um dos projetos que temos é com uma ONG na Costa do Marfim, que trabalha com crianças mudas e surdas. As escolas precisam sempre de voluntários para esse trabalho. Em setembro, estarei lá de novo. É uma forma de ajudar”, referiu.

Outros presentes também discursaram a propósito da efeméride. Arlindo Tomás e José Guimarães, ambos do Rotary Club de Guimarães, clube padrinho, enalteceram a “vivacidade do clube”, que “tem correspondido a tudo o que dele se esperava”, com “serviços de grande relevância a nível nacional e internacional”.

Já a assistente do governador do distrito rotário, Sílvia Oliveira, do Rotary Club da Póvoa de Lanhoso, afirmou que é “um privilégio ser assistente” de um clube que “faz muito no terreno”.

O presidente da Junta de Freguesia de Caldas das Taipas, Luís Soares, vincou, por seu turno, que o Rotary Clube de Caldas das Taipas apresenta “um trabalho e uma maturidade” que “orgulham a vila”. “Temos trabalhado com o clube nas mais diversas formas de intervenção na sociedade. O trabalho feito muda mesmo a vida das pessoas, sobretudo aquelas que mais precisam”, reiterou.