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Agrupamento nº 316 de São Martinho de Sande comemora 50 anos de vida

Alfredo Oliveira
Freguesias \ quarta-feira, março 13, 2019
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São 50 anos de vida sempre em atividade e com uma forte ligação à freguesia. O atual chefe do agrupamento, Filipe Oliveira, no agrupamento desde 1991 e Chefe de Agrupamento há dois anos, dá conta das comemorações do aniversário.

Como surgiu o agrupamento n.º 316?
Surgiu com uma ideia do, na altura, padre António Lopes que, com Ribeiro da Silva, criaram as raízes que levaram à fundação do agrupamento nº 316 de Sande S. Martinho. Depois, foram passando e marcando o agrupamento, António Mendes, Carlos Maria e, mais recentemente, a Sameirinho, o Castro, entre outros que cimentaram o agrupamento.
Recordo que, nos seus inícios, no agrupamento entravam somente rapazes. As raparigas pertenciam à associação “Guias de Portugal”. Quando deixou de existir na freguesia, as raparigas começaram a entrar no escutismo.

Quais as atividades que marcam a vida do grupo escutista de Sande S. Martinho?
As histórias que nos vão marcando são as participações nos acampamentos nacionais do Corpo Nacional de Escutas (ACANAC), nos jamborees e nos acampamentos regionais (ACAREG). Destaco ainda a nossa ida, 14 caminheiros, ao parque escutista de Kandersteg, na Suíça, em 2016, que foi algo extraordinário, pelo local, pela vivência e por toda a logística que envolveu. Durante o ano, promovemos o nosso magusto, é da nossa responsabilidade a montagem do presépio da igreja da freguesia, por altura do Natal participamos no projeto “Luz da Paz de Belém”, atividade a nível nacional e internacional, onde posso destacar a viagem que fazemos com essa “Luz” aos mais idosos da freguesia e a todos os que já não conseguem deslocar-se por meios próprios, levando também o “Menino a beijar”. Temos também os Reis, a Ceia de Natal, o Santo Amaro em janeiro e, em fevereiro, temos uma iniciativa que marca, que é a “atividade de inverno”, na qual os lobitos não participam pelas condições climatéricas que não são muito favoráveis aos mais pequenos.
Posso adiantar ainda que, naturalmente, cada secção tem o seu plano de ação que vai desenvolvendo ao longo do ano.

Para este ano, o agrupamento tem as comemorações do seu 50º aniversário. O que pode destacar desde já?
A abertura oficial dessas comemorações aconteceu no dia 20 de outubro de 2018, onde estiveram presentes o presidente da Câmara, o chefe nacional, o presidente da Junta de Freguesia e muitos chefes de agrupamentos vizinhos. Nesse dia, montámos um campo escutista no jardim da freguesia para envolver toda a população e terminou com um jantar que reuniu 115 antigos escuteiros. O ponto alto destas comemorações dos 50 anos de existência será o acampamento de aniversário, marcado para os dias 14 e 15 de junho, na Quinta de Santa Maria de Sevêr, em Sande S. Martinho.
Já temos uma torre montada, perto do adro da igreja, onde, nessa altura, todo o grupo estará reunido para dar início à “Chama do fogo” que, depois, será transportada para o Fogo do Conselho. O nosso Conselho é muito sentido e muito vivido. Esta atividade será aberta a toda a comunidade.

Como é essa relação com a comunidade?
Temos uma boa relação com a comunidade local, sempre que esta precisar de algo da nossa parte, nós estamos presentes. A freguesia também dá sempre uma resposta quando nós precisamos de ajuda.

O agrupamento não tem sede própria. Essa realidade é vivida como um problema?
Sede própria não temos, mas temos duas lojas, uma da paróquia e outra da freguesia que nos estão cedidas e das quais temos o uso exclusivo. Enquanto esta situação se mantiver, não temos problemas.

O agrupamento apresenta um número elevado de escuteiros. No entanto, a secção dos lobitos é das mais pequenas. Como explica esta realidade?
Temos um agrupamento grande, mas com poucos lobitos, reconhecemos este problema. Não é muito fácil cativar os jovens para os escuteiros. Existem muitas atividades alternativas que cativam os jovens e que lhes consomem muito do seu tempo livre. Depois, os pais também já têm pouca disponibilidade para trazer os filhos aos escuteiros. Eles confessam que ao fim de semana é uma roda-viva para levarem os seus filhos a todas as atividades. É, realmente, uma luta constante que temos de vencer, para trazer os jovens para a vida escutista.