Agradados com o público, vencedores confessam provas acima do esperado
* com Bruno José Ferreira e Pedro C. Esteves
O sorriso ao cruzar a meta, de mão dada com a sua filha, refletia o estado de espírito advindo da sua prestação na 15.ª Corrida de Caldas das Taipas, com uma marca de 37.12 minutos em 10 quilómetros, que lhe valeu o primeiro lugar a nível feminino.
“Estou numa recuperação pós-covid. Infelizmente, fui infetada há duas semanas. Sou enfermeira, lidei com a covid-19 desde o início e nunca fora infetada. Infetei-me há duas semanas, o que até teve mais efeito psicológico. O resultado até foi acima do que esperava”, diz ao Reflexo a atleta do Clube Desportivo de São Salvador do Campo.
Agradada com “a organização do evento”, a cargo do Núcleo de Atletismo das Taipas, a corredora acrescenta que o seu rendimento esteve “dentro dos objetivos”, num percurso que já conhecia. “Não era novidade para mim. Era um percurso bonito, um bocadinho duro, com subidas e descidas. É sempre um fator motivacional ter bastante público”, realça.
Antes, Nuno Lopes cruzou a meta em 31.11 minutos. Ainda assim, a prova de 10 quilómetros não foi o início da corrida na sua passagem pela vila termal, nesta manhã de domingo. “O meu objetivo está numa grande prova que estou a preparar. Aproveitei para treinar, fazer a prova pelo meio e voltar a treinar no fim. Foi fantástico”, explica o atleta do Feirense.
Como esteve nas Taipas para “treinar”, o atleta reconheceu que “não estava à espera de correr tão rápido”, perante “atletas de categoria”, numa prova “durinha”; Nuno Lopes confessa assim que juntou a utilidade de treinar ao sabor agradável de vencer e de desfrutar do ambiente em torno da corrida. “Houve muito público nas ruas, sempre a aplaudir. Foi muito especial correr aqui pela primeira vez. Gostei de estar aqui e de ser aplaudido pelo público”, frisa.
Rita Maria Lopes: “Estou a apostar em algumas provas de atletismo”
O segundo lugar na prova feminina coube a uma atleta que corria em casa. Em representação do Boavista, Rita Maria Lopes concluiu os 10 quilómetros em 39.17, marca que considerou “normal”, até pela “dureza do percurso”, sem “grandes momentos planos”, e à “falta de competições nos últimos meses. “Competir nas Taipas e correr em casa é bom”, disse ao Reflexo. “Já não competia nas Taipas há alguns anos. Foi um regresso tardio e estava a contar com alguma dureza”, acrescenta.
Quanto ao que resta da temporada, a corredora admite que não tem sido fácil voltar ao triatlo, pela geografia das provas, quase sempre longe, daí a aposta recair no atletismo. “A nível de triatlo, tento ver o que terá mais interesse. Vou definindo objetivos quase dia a dia. As provas têm sido muito longe, há poucos apoios e tenho de escolher provas de atletismo aqui perto para me manter ativa”, explica.