A (re)descoberta do património arquitétónico a norte é, agora, mais fácil
Quintas, cruzeiros, conjuntos monológicos, moinhos, antigas escolas ou sequeiras. São apenas alguns exemplos do património arquitetónico que o Hereditas, o atlas da paisagem cultural vimaranense apresentado na passada segunda-feira, pôs a descoberto.
A partir de uma pesquisa limitada ao norte do concelho em busca de património arquitetónico – há muito mais para descobrir no campo da arqueologia ou da paisagem – é possível “desenterrar” mais de 100 bens identificados. Há muitos cruzeiros – aparecem recorrentemente –, igrejas e quintas.
A expetativa é que, com esta nova plataforma, os vimaranenses se apropriem do património, dando-lhe uso. “Preservar, cuidar e proteger o nosso património, tendo sempre como contexto o maior conhecimento do mesmo, é um processo fundamental para a coesão territorial”, explicou o presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Domingos Bragança, aquando do “corte da fita digital” desta plataforma.
No campo da arquitetura, há “itens” de várias épocas. Eis alguns exemplos: Idade Contemporânea? Entre muitas, a Capela de Santa Teresinha, sita na Quinta da Mogada, na UF de Sande Vila Nova e Sande São Clemente, dedicada a Santa Teresa de Lisieux; Idade Média?A igreja de Santa Leocádia, implantada sobre um pequeno esporão aplanado que oscila entre as cotas dos 245 e 235 metros, ou a Quinta do Paço (na imagem), no monte de São Romão, o mesmo onde se firma a Citânia de Briteiros, são alguns exemplares.
Para descobrir mais acerca da herança antiga que nos rodeia, basta explorar a plataforma. Na apresentação do Hereditas, o vereador do Urbanismo, Fernando Seara de Sá, até referiu a possibilidade de esta nova valência ser usada por agentes turísticos na elaboração de rotas monográficas. Para já, estão 900 bens classificados e há mais de 1000 em processo de classificação.