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A pedra que foi preciso partir até à conclusão do projeto

Redação
Sociedade \ sábado, outubro 10, 2020
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Avanços e recuos, propostas e discussões. Anseio antigo de todos os taipenses, a requalificação do centro cívico da vila arranca, e é caso para dizer finalmente, no presente mês de outubro.

Os taipenses terão de reaprender a viver a conviver com o novo centro cívico das Taipas, o principal tecido urbano da zona norte do concelho de Guimarães. No decorrer do presente mês de outubro o coração da vila começará a sofrer uma profunda intervenção, que inevitavelmente irá mudar costumes enraizados no quotidiano das Taipas.

Desde a circulação automóvel, que será reduzida drasticamente com as alterações introduzidas, à perda de grande parte dos lugares de estacionamento, a ideia passa claramente por pedonalizar o espaço compreendido pela Avenida da República, Avenida Trajano Augusto, Rua de Santo António, Largo das Thermas e Praceta Ferreira de Castro. Essencialmente estas artérias, às quais se juntam alterações de pormenor noutras ruas, serão alvo de uma intervenção de fundo. A obra, já se sabe, terá o custo de sensivelmente 5milhões de euros, e tem um prazo de execução de dois anos. Depois disso nada será como antes.

Mas, se daqui em diante teremos uma grande empreitada pela frente, não é menos verdade que, em sentido figurado, foi necessário partir muita pedra até aqui chegar. O Reflexo percorreu os últimos seis anos das suas publicações e traça um resumo síntese dos principais acontecimentos que estiveram na antecâmara de projeção da obra.

 

Janeiro 2014

Na sua edição 211, o Reflexo fez manchete com o plano de orçamento da assembleia municipal, que previa a requalificação da Avenida da República. Esta intervenção no centro das Taipas foi orçada em 620mil euros, num investimento faseado até 2017. "Grandes opções do plano e orçamento para 2014 prevê requalificação do centro das Taipas" foi o título do nosso jornal.

Maio 2014

A reunião descentralizada do executivo municipal foi um dos temas abordados na edição 214 do Reflexo. O arquiteto Paulo Branco apresentou um estudo que estava a ser realizado sobre a intervenção no centro da vila por solicitação de Domingos Bragança, estudo esse que em linhas gerais aponta para uma redução substancial do automóvel no centro da vila. O presidente da Câmara prometeu discutir de forma generalizada a reformulação do centro cívico das Taipas para que este fique “á altura dos pergaminhos” da vila. “As Taipas não teve o investimento que a população queria e admito e aceito que as Taipas tem de ter uma atenção, que está a ter, especial”, disse Domingos Bragança.

Fevereiro 2015

Em entrevista exclusiva ao Reflexo, na sua edição 224, Domingos Bragança assegurou: “Trataremos o centro das Taipas com o mesmo carinho que tratamos o Toural”. Na mesma entrevista o presidente da Câmara Municipal de Guimarães deu conta que estava a ser constituída uma equipa externa de projetistas para acompanhar o desenvolvimento do projeto.

Maio 2015

Na reunião de câmara de 30 de maio, na qual o Reflexo esteve presente, o executivo “avançou com o processo de reabilitação urbana do centro da Vila das Taipas”, segundo se pode ler na edição 227 do nosso jornal. Nesta data foi aprovada a definição da área de reabilitação urbana das Taipas.

Julho 2015

A sessão solene de celebração dos 75 anos da elevação das Taipas a vila foi também palco para que se abordasse a requalificação do centro da vila. Bragança referiu que era “um momento feliz para a vila e para o concelho, com a coincidência feliz de se estar a preparar um novo futuro para a vila com a requalificação do centro”, conforme se pode conferir na edição n229 do Reflexo.

Agosto 2015

A manchete da edição 230 do Reflexo fez-se com o avanço do projeto de requalificação do centro, com o executivo vimaranense a aprovar a entrega à TecMINHO este projeto, ou seja, à mesma equipa que teve ao seu cargo a requalificação do Toural e da Alameda de S. Dâmaso.

Dezembro 2015

O Reflexo publica na sua edição 234 uma grande entrevista com a arquiteta Mara Labastida, na qual é apontado para final de 2016 a conclusão do projeto de requalificação do centro. “Este centro é um somatório de tempos distintos e de restos do passado. Há algo que me impressionou: não há no centro das Taipas qualquer referência à cutelaria”, refere.

Março 2016

A Câmara Municipal de Guimarães anunciou o dia 18 de março como a data para a primeira apresentação pública da intervenção urbanística no centro das Taipas. A apresentação projeto da equipa de Marta Labastida foi anunciada para as 21h30 dessa sexta-feira no Centro Pastoral das Taipas, noticia o Reflexo na sua edição 237.

Abril 2016

O Reflexo reproduz na edição 238 uma reportagem sobre a apresentação do projeto de requalificação, referindo que “mereceu elogios por parte dos presentes”. É destacado o facto de ser dada primazia aos peões em detrimento do automóvel.

Março 2017

Após uma primeira apresentação pública, a 3 de fevereiro o projeto de requalificação do centro das Taipas foi novamente explicado, desta feita tendo em conta novos desenvolvimentos. Na edição 249 o Reflexo aponta que a proposta reúne consenso, mas ao mesmo tempo preocupa os comerciantes. Domingos Bragança comprometeu-se a desenvolver esforços para encontrar o chafariz do centro da vila para que possa voltar a ser colocado no espaço público.

Abril 2017

O esvaziamento de lugares de estacionamento preocupa os comerciantes, que fazem chegar essa preocupação ao presidente da Junta de Freguesia de Caldelas, Constantino Veiga. A junta reuniu com os comerciantes, sendo que as preocupações foram reportadas à Câmara Municipal de Guimarães, conforme notícia a edição 250 do Reflexo.

Novembro 2017

Recentemente eleito presidente da Junta de Freguesia de Caldelas, Luís Soares falou em entrevista à edição 257 do Reflexo. Afirma que o dossiê da requalificação do centro das Taipas está em cima da mesa quer do presidente da câmara quer do vereador responsável pelo urbanismo e refere que é necessário “introduzir alterações de pormenor para que não seja uma oportunidade perdida para as Taipas”.

Setembro 2019

A manchete da edição 279 do Reflexo faz-se com a estratégia de reabilitação urbana (ORU) do centro das Taipas. A documentação apontou a requalificação como do centro como prioritária, estimando que a obra ficasse pronta em 2021.

Março 2020

Concurso público da obra de requalificação da do centro prolongado doze dias. Na sua edição 285 o Reflexo dá conta que um dos candidatos à realização da obra manifestou dúvidas, o que levou a que o concurso estivesse temporariamente suspenso.

Abril 2020

Na reunião de câmara de 9 de abril, foi deliberado pelo executivo vimaranense deliberado o processo de requalificação do centro cívico das Taipas, nomeadamente a sua repartição de caderno de encargos e a respetiva ratificação. A obra foi adjudicada à empresa Alexandre Barbosa Borges, S.A., terá um custo de sensivelmente 5milhões de euros e um prazo de execução de 730 dias, ou seja, dois anos.

Setembro 2020

O Tribunal de Contas deu o visto à obra de requalificação do centro das Taipas, tendo-se assim luz verde ao arranque da obra. O visto do Tribunal de Contas era a formalidade que estava em falta, pelo que na edição 291 o jornal Reflexo adianta que as obras começarão em meados do presente mês de outubro e terão acompanhamento arqueológico.