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A nova EB 2,3 está pronta para oferecer um ensino de alta qualidade, apesar de alguns constrangimentos

Alfredo Oliveira
Sociedade \ quinta-feira, setembro 12, 2019
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Prestes a arrancar o novo ano letivo, mantivemos uma conversa com João Montes, o diretor interino do Agrupamento de Escolas das Taipas, que está convencido que a nova escola vai dar uma resposta capaz às solicitações da comunidade escolar.

Está tudo a postos para o arranque do ano letivo 2019/20?
Está tudo a postos para o início do ano letivo dentro daquilo que são as condições naturais que permitem o funcionamento de uma organização escolar, tudo aquilo que dependeu da nossa organização, respondemos adequadamente e com eficácia, o que significa que o Agrupamento das Escolas das Taipas, a partir de segunda-feira, tem todas as condições para funcionar bem.
Não significa que não haja problemas, que estão a ser dirimidos.

A nova escola corresponde às expectativa geradas?
Sim. É evidente que quando se parte de um grave problema, tudo o que o resolva, deixa-nos sempre mais confortáveis. Nesta nova escola, mais confortáveis estamos. Sendo uma escola nova não significa que não se verifiquem problemas ou que esta seja funcional. A escola não será plenamente funcional, pois existem aspetos que deveriam ter sido redimensionados ou adequados à natureza para a qual foram projetados.

Pode concretizar algumas dessas situações?
O exemplo paradigmático é o nosso pavilhão, ou melhor, temos dois pavilhões excecionais, mas que são servidos apenas por dois balneários. Esta realidade constrange o trabalho escolar e mesmo o aproveitamento dos espaços exteriores. Significa que não podemos ter mais do que três turmas de educação física a funcionar ao mesmo tempo. Agora já não será possível alterar, a não ser que tivéssemos uma intervenção arquitetónica que não consigo visualizar.
Uma outra situação são os espaços exíguos e muito fechados para a direção, que nos obrigou a procurar uma solução internamente.
Outra situação que deveria ter sido melhor analisada em projeto, é a da cantina e do espaço do aluno, que nunca deveriam ter ficado no edifício principal, mas sim na parte inferior.
Mas, repito, tudo isto não invalida que considere estarmos perante um edifício exemplar e quase preparado para ensino de nível superior. Tem um conjunto de espaços educativos que dão conforto excecional aos alunos e aos professores.

A escola está adequada às turmas existentes?
Curiosamente já atingimos o limite máximo de turmas que a escola comporta. Temos cerca de 750 alunos distribuídos por 34 turmas, para funcionar em regime normal. Para alguns anos as turmas estão com a lotação máxima e temos uma lista de espera de inscrições. As salas existentes foram dimensionadas para 26 alunos e estão bem preparadas. Existe um problema com alguns projetores, mas é das tais situações que será resolvida, pois o município já analisou o problema e vai implementar uma solução nos próximos dias.

Como será a entrada na escola para os alunos?
Vamos ter duas entradas com um controlo através de um cartão magnético. Na entrada sul, o projeto inicial não contemplava essa entrada. O dispositivo de entrada e saída, nessa entrada, estará a funcionar com um atraso de uma semana.

Quanto ao estacionamento, é um problema que se agravou?
A falta de estacionamento será porventura um dos maiores problemas a resolver. Um edifício com estas características exige uma maior acessibilidade. No antigo edifício podíamos estacionar no interior e, no exterior, existia o dobro da capacidade atual. Se pensarmos que temos 125 docentes (mais o pessoal não docente) para vinte e sete lugares no espaço exterior, que é público, é fácil perceber que temos um problema sério.

A questão dos estores exteriores que ficaram danificados com os dias de vento?
A empresa responsável já está na escola e vai tentar uma solução técnica para o problema. Estão a fazer a avaliação da situação, mas é uma situação que nos preocupa, pois esses estores têm de ser funcionais.

O número de pessoal auxiliar e administrativo é o mesmo?
Temos 25 funcionários e, tal como noutros assuntos, a Câmara Municipal de Guimarães tem estado sempre atenta aos nossos problemas e temos a indicação que seremos dotados de mais três funcionários

Estão reunidas condições para que possa ser potenciado o sucesso escolar?
Temos tudo para que o desempenho dos nossos alunos seja o expectável.

Como está a direção?
O diretor da escola, o professor Mário, aposentou-se e, como tal, vivemos uma situação interina, mas, penso eu, em novembro a escola deverá ter um novo diretor através de um processo concursal. O anterior diretor foi o rosto desta escola e marcou-a ao longo de várias décadas e várias gerações tendo um papel que deve ser reconhecido.

Vai ser candidato?
É um desafio enormíssimo. Tudo pode acontecer. Existe uma intenção mas não pode ser dada como certa. Na altura se verá.